Regiões de Minas voltam a fechar tudo e manter apenas serviços essenciais

Antes de iniciar o texto, corroborando com o que postei mais cedo: se as pessoas não colaborarem, é o que pode acontecer com toda cidade, que é voltar a fechar as portas do comércio, etc. Vamos à informação:

As macrorregiões de Saúde Centro e Norte retornarão às ondas verde e branca, respectivamente, do plano Minas Consciente, conforme decisão anunciada pelo Comitê Extraordinário Covid-19, nesta quarta-feira (17/6). A medida pretende preservar a saúde da população, já que as duas regiões apresentaram aumento expressivo no número de casos da doença, colocando em risco a capacidade assistencial da rede hospitalar.

Com o retrocesso, os 101 municípios da macrorregião Centro, que engloba a Região Metropolitana de Belo Horizonte, estão orientados a manter abertos somente os serviços essenciais, como padarias, farmácias e supermercados. Já as 86 cidades do Norte estão orientadas a fecharem temporariamente estabelecimentos como papelarias, salões de beleza e lojas de roupas. Podem continuar funcionando os serviços essenciais e as atividades autorizadas na onda branca, a exemplo das autoescolas, lojas de artigos esportivos e floriculturas.

As outras 12 macrorregiões de Saúde seguem nas ondas estipuladas na última semana, mas são monitoradas diariamente, com possibilidade de retrocesso a qualquer momento, caso o quadro se agrave.

O governador Romeu Zema fez um alerta sobre o avanço da doença em Minas e pediu que a população mantenha o máximo possível de isolamento e não descuide das medidas de proteção individual nas próximas semanas.

“Pedimos para que o mineiro, que se comportou tão bem até agora, não relaxe com relação às medidas preventivas. Quem puder ficar isolado, fique. O grupo de risco não deve sair de casa. Minas Gerais já rompeu a barreira dos 500 óbitos, uma marca triste, e sabemos que esse número, independentemente das nossas ações, continuará subindo até o momento de pico que, conforme a previsão dos especialistas, deve ser no mês de julho. Por isso, peço que todos redobrem os cuidados nas próximas 4 ou 5 semanas, porque elas serão decisivas. Se passarmos bem por esse período, com certeza teremos um horizonte mais seguro a partir daí”, afirmou.

Prevenção

Além do isolamento, Zema reafirmou a importância de praticar o distanciamento social, o uso da máscara e as medidas de higienização. Ele também destacou que a gestão estadual vem se esforçando para ampliar a capacidade de atendimento.

“Nesta semana, fizemos a entrega de mais 79 leitos de UTIs, o que vem a fortalecer ainda mais o sistema de Saúde do Estado, e estamos criando mais 23 leitos de UTI no Hospital Julia Kubitschek, em Belo Horizonte. Além disso, entregamos 500 novos respiradores. A Secretaria de Saúde está sendo extremamente criteriosa na distribuição desses equipamentos e eles irão para aquelas regiões que apresentam um cenário mais crítico, levando em conta o número de pessoas que precisam ou precisarão de tratamento intensivo, de acordo com a indicação da curva, e a quantidade de leitos disponíveis”, explicou.

Todas as mudanças definidas na reunião do Comitê Extraordinário Covid-19 passarão a valer a partir do próximo sábado (20/6), com a publicação no Diário Oficial do Estado.


Minas Consciente

O plano Minas Consciente foi criado pelo Governo de Minas para promover a retomada econômica gradual e coordenada nas cidades mineiras durante a pandemia do coronavírus, sugerindo medidas que preservem a saúde dos mineiros.

Até o dia 17 de junho, 145 prefeituras já tinham oficializado a adesão ao Minas Consciente (clique aqui para ver a relação das cidades). O plano setoriza as atividades econômicas em quatro “ondas” (onda verde – serviços essenciais; onda branca – primeira fase; onda amarela – segunda fase; onda vermelha – terceira fase), a serem liberadas para funcionamento de forma progressiva, conforme indicadores de capacidade assistencial e de propagação da doença.

As mudanças de ondas são avaliadas semanalmente pelo Comitê Extraordinário Covid-19. Além do governador e de todo o secretariado do Executivo mineiro, o grupo, criado especialmente para monitorar o avanço da epidemia no estado, conta com representantes do Ministério Público do Trabalho, do Ministério Público de Minas Gerais, da Defensoria Pública e do Tribunal de Contas do Estado.

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rdportari

Jornalista, professor universitário, Dr. em Comunicação

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