Alexandre Braz cobra Austa por centro de exames de imagem e questiona reajustes em valores de planos

Representação do vereador Alexandre Braz questiona a empresa Austa Clínicas, que é responsável pelo plano de saúde dos servidores da Prefeitura de Frutal, sobre os motivos de aumento de até 25% no preço das mensalidades aplicadas aos planos “Standard” e “Sênior” do Poder Executivo. Além disso, ele também questionou quando a empresa pretende instalar um Pronto Atendimento para realização de exames de imagens em Frutal, já que atualmente é preciso que os beneficiários se desloquem para o estado de São Paulo para a realização de exames.

Alexandre ainda solicitou que seja disponibilizado um portal de transparência do Austa Clínicas para que os beneficiários dos planos tenham conhecimento dos exames feitos e valores a serem cobrados.

“Os servidores da Prefeitura Municipal de Frutal foram surpreendidos com a notícia desse enorme reajuste, inconcebível, no nosso entender, neste momento de pandemia pelo qual o país passa, que trouxe tanto prejuízo à economia. A maioria dos servidores tem auxiliado em casa, complementando a renda de outros familiares, que estão passando por dificuldades como o desemprego ou por seus comércios terem sido prejudicados pela atual situação”, destaca.

Segundo Alexandre Braz, é preciso que o Austa Clínicas explique os motivos do reajuste de até 25% nos planos, que foi considerado alto pelo vereador e que pode impactar na vida financeira dos servidores. “E a disponibilização de um portal de transparência do Austa Clínicas, será bastante oportuna, pois possibilitará que os beneficiários dos planos tenham conhecimento dos exames feitos e valores a serem cobrados”, finaliza.

Números

Na última semana, Minas Gerais registrou aumento de 5,2% nos casos de covid-19 e 7,8% nos óbitos decorrentes da doença.

A taxa de isolamento em Minas, na última semana, foi de 46,3%. Já no Brasil, ficou em 49,94%.

A incidência da covid-19 em Minas Gerais caiu 21% nos últimos 14 dias e 6% nos últimos 7 dias.

Restrições

Para compensar o fim da restrição de circulação de pessoas e da proibição de reuniões familiares, a norma que prevê medidas mais rígidas durante a onda roxa passa a proibir a retirada em balcão em todo o comércio não essencial, das 20h às 5h. Assim, estabelecimentos como bares e restaurantes só poderão funcionar em formato de delivery neste horário.

Supermercados e padarias, por outro lado, terão o horário de funcionamento ampliado até as 22h, para reduzir a circulação de pessoas no pico. 

Conforme o secretário de Estado de Saúde, o médico Fábio Baccheretti, o objetivo das medidas é evitar aglomerações.

“As mudanças não terão impacto na efetividade da onda roxa, porque a restrição de circulação de forma isolada não tem impacto direto. O que realmente queremos é evitar aglomerações. Por isso a decisão de fazer com que serviços não essenciais, principalmente bares, não vendam produtos em balcão para evitar concentração de pessoas na porta. Também recomendamos cuidado até mesmo durante uma reunião familiar, em função do risco de contágio”, esclareceu.

Ele também ressaltou que a taxa de isolamento cresceu após a implantação da onda roxa no estado e que, apesar do aumento no número de óbitos, as restrições já se refletem em queda na incidência da covid-19.

“Conseguimos uma taxa de isolamento crescente desde a semana 11, quando a onda roxa foi implementada em todo o estado. Mesmo assim, é um pouco lenta a queda na incidência, mas nos locais em que foi implementada primeiro temos tido sucesso. Os óbitos ainda estão subindo, mas isso não significa que estamos caminhando para a piora. O óbito é o último indicador a subir e reflete o colapso que vivenciamos em março e começo de abril. A tendência importante é o número de casos novos, incidência e ocupação. Já sentimos melhora nesses indicadores”, afirmou.

Onda vermelha

Nesta fase do Minas Consciente, a onda vermelha permite o funcionamento de todas as atividades, desde que cumpram algumas regras, como distanciamento e limitação máxima de pessoas.

Devido à melhora da incidência e menor pressão por leitos, a macrorregião Triângulo do Norte e a microrregião de Patos de Minas avançaram para essa fase na semana anterior (31/3) e serão mantidas nesta semana, conforme decisão do Comitê Extraordinário Covid-19 nesta quarta-feira (7/4).

A macrorregião Triângulo do Sul e as microrregiões de São Gotardo, Montes Claros/Bocaiúva e Taiobeiras apresentaram melhora nos indicadores e poderão avançar para a onda vermelha. Entretanto, serão monitoradas até a próxima sexta-feira (9/4), podendo voltar para onda roxa caso haja piora nos indicadores.

Todas as outras regiões do estado seguem na onda roxa. A evolução é acompanhada semanalmente pelo Comitê Extraordinário Covid-19. 

Como funciona a progressão de onda

Para definir o avanço de uma macrorregião para um nível mais flexível do Minas Consciente ou a adoção de medidas mais restritivas, o Comitê Extraordinário Covid-19 se baseia em um sistema de pontuação da localidade, elaborado com base nos dados da Secretaria de Estado de Saúde (SES-MG).

Considerando indicadores como taxa de incidência, positividade, ocupação de leitos e grau de risco, a macrorregião atinge uma pontuação de 0 a 32, sendo:

– Até 12 pontos: onda verde;
– Entre 13 e 19 pontos: onda amarela;
– 20 pontos ou mais: onda vermelha;
– Avaliação excepcional: onda roxa (criada para restabelecer a capacidade assistencial).

Atualmente, todas as macrorregiões mineiras registram mais de 20 pontos e, por isso, ainda é necessária a manutenção da onda roxa na maior parte do estado. A possibilidade de avanço para a onda vermelha depende de uma avaliação constante e criteriosa desses indicadores, para garantir que a flexibilização não coloque em risco a saúde da população. Veja abaixo a pontuação das macrorregiões nesta semana:

Centro – 29

Centro-Sul – 30

Jequitinhonha – 23

Leste – 30

Leste do Sul – 30

Nordeste – 27

Noroeste – 28

Norte – 26

Oeste – 28

Sudeste – 30

Sul – 29

Triângulo do Norte – 28

Triângulo do Sul – 29

Vale do Aço – 30

Minas Gerais – 29

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rdportari

Jornalista, professor universitário, Dr. em Comunicação

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