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A Importância da Triagem no Atendimento Hospitalar: Um Relato do Hospital Frei Gabriel

Entenda porque você precisa passar pela triagem quando buscar por atendimento no Frei Gabriel

“Era tarde da noite e uma mãe adentrou a sala da triagem gritando e chorando desesperadamente. Ela contou que o filho havia engasgado e não estava reagindo. Logo, eu comecei a executar as manobras indicadas no recém-nascido e quando cheguei na Sala Vermelha para entregar a criança aos cuidados do médico do Pronto Socorro. Ela começou a reagir e chorar”, relembra a enfermeira Renata Souza que há quatro anos trabalha na Triagem do Hospital Frei Gabriel.

Nem sempre às noites e os dias são tão agitados e tensos na Triagem do Frei Gabriel, mas esse setor do Hospital existe justamente para fazer o que Renata fez naquela noite: salvar vidas.

E mesmo sendo uma área vital para proporcionar um atendimento mais ágil e preciso para o paciente, muitas pessoas ainda não entendem a importância desse setor. “Algumas pessoas falam que a triagem é desnecessária, mas ela é fundamental para o bom funcionamento da emergência e da urgência de uma unidade hospitalar”.

E Renata explica porque a triagem é tão importante. “É naquele momento que descobrimos um pouco sobre o histórico médico do paciente, que sabemos com mais clareza e detalhes o que ele está sentido, porque veio ao hospital. E essa pequena entrevista que dura de três a cinco minutos nos permite oferecer um atendimento prioritário para aquele paciente”.

A enfermeira ainda esclarece como é todo o processo da triagem no Hospital Frei Gabriel. “Primeiro, o paciente passa por uma pré-triagem onde é aferida a pressão e os sinais vitais do paciente. Logo em seguida, ele vai para minha sala e lá fazemos uma breve entrevista, na qual tento extrair o máximo de informações possíveis daquela pessoa. Durante esse bate-papo não só tomo nota das informações passadas pelo paciente como também reparo nas reações e nos padrões de comportamento da pessoa. Isso tudo para que possamos entender com clareza qual é o estado físico e mental desse enfermo”.

Renata destaca que a triagem é um procedimento que integra o Protocolo de Manchester. “Não é algo inventado pelo nosso hospital. Na verdade, a triagem é um procedimento que faz parte do Protocolo de Manchester que foi criado em 1994 e passou a ser implantado a partir de 1998. Hoje, mais de 20 países espalhados por todo mundo já adotaram o Protocolo de Manchester”.

E é por causa do Protocolo de Manchester que cada paciente ao sair da sala de triagem deixa o local com uma pulseira em um dos braços. “É a cor dessa pulseira que vai determinar a gravidade do estado de saúde do paciente. Inclusive, um dos meus papeis é explicar quanto tempo pode levar até ele ser atendido. E é claro que muitas vezes a pessoa não entende e fica até meio contrariada com a espera. Entretanto, as pessoas precisam compreender que um Hospital precisa atender primeiramente os casos de emergência e urgência”, finaliza Renata.

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rdportari

Jornalista, professor universitário, Dr. em Comunicação