Cardiologista do Frei Gabriel explica porque infartos são mais comuns durante o inverno

Você pode até achar o inverno uma das estações mais gostosas e esperadas do ano, mas saiba que essa época também pode ser um terror para os corações, pelo menos para alguns deles.

Isso porque estudos científicos já comprovaram que o risco de infarto durante o inverno pode ser até 30% maior do que em outras épocas do ano. “Um dos principais motivos é a vasoconstrição, que reduz o fluxo sanguíneo em algumas regiões do corpo. A vasoconstrição é o estreitamento do diâmetro das artérias que reduz o fluxo sanguíneo e promove um desequilíbrio entre a oferta e a demanda de oxigênio no organismo”, explica o cardiologista Cacildo Antônio Queiroz.

Ainda segundo o médico, essa diminuição do calibre das artérias, principalmente, das arteríolas, faz com que a pressão arterial da pessoa fique mais elevada. “E isso pode causar tanto infartos do miocárdio como também acidentes vasculares cerebral hemorrágicos e isquêmicos, chamados AVCs. Falando especificamente do coração, quando a pressão arterial sobe, ocorre uma sobrecarga do coração e isso aliado a idade avançada e a outras comorbidades como diabetes, colesterol alto, pode causar um ataque cardíaco”.

Dr. Cacildo ainda ressalta que a diferença do número de casos de infarto que ocorrem no inverno em comparação aos que acontecem no verão é bem significativo. “De junho até o meio de agosto, a procura fica bem mais acentuada, inclusive, por pessoas que são hipertensas e que mesmo tomando o remédio que regula a pressão corretamente, sofrem com uma desregulação dessa pressão arterial”.

Mas segundo o cardiologista, não é só o frio que contribui para o aumento dos casos de infarto no inverno. “O consumo exagerado de comidas gordurosas, o excesso de sal e a falta de atividade física também colaboram para o aumento dos casos”.

Já sobre a hipertensão, o médico afirma que as causas são multifatoriais. “Até mesmo o estresse pode provocar o aumento da pressão arterial de uma pessoa. Além disso, é importante que as pessoas entendam que muitas vezes o problema se manifesta com sintomas como dor de cabeça, falta de ar. Mas às vezes, essa hipertensão é assintomática, ou seja, não apresenta sintoma nenhuma. Por isso, é sempre importante fazer a aferição dela sempre que possível e ainda ir regularmente ao médico, principalmente, aquelas pessoas que já têm predisposição a sofrerem com problemas cardiovasculares”.

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