Fala, Portari
Estamos à vésperas de completar um ano da primeira data de limitação do comércio em Frutal. Ocorreu às 17h do dia 20 de março do ano passado, quando a Pandemia ainda era algo “abstrato” para a maior parte de nós. As máscaras não eram obrigatórias os casos positivos ainda eram tímidos nao só porque o vírus estava começando a circular por aqui, mas também porque não havia testes rápidos e os exames que existiam, eram restritos e limitados por todos os lados.
Depois de todo esse período, imaginava chegar em março de 2021 dizendo que havíamos superado a Pandemia e que ela foi um momento de susto e aprendizado. Lego engano. A situação está mais “maluca” do que esperava e, aquela sensação de insegurança que era para ter terminado ano passado, persiste.
Quando a gente percebe que leitos de hospitais estão cada vez mais lotados, que nem mesmo a rede particular já está sendo suficiente para atender a demanda, e que as medidas mais duras só agora começaram a ser tomadas pelos governos estaduais, todo aquele pavor que vivemos há 1 ano, se mostra mais real e mais perto do que nunca.
Cansaço, estafa, necessidades financeiras, tudo isso está pesando hoje no bolso e na mente dos brasileiros. E acredito que é justamente por isso que estamos vivenciando esse período mais feio da pandemia, onde a doença tem chegado cada vez mais próximo dos amigos e familiares.
Basta dar uma olhada nos últimos 30 dias o quanto de pessoas que, de alguma forma, conhecemos ou “já ouvimos falar” que foram vitimadas pela doença. E quantos mais não estão hoje internados, esperando uma vaga em hospital de referência ou, mesmo em casa em isolamento.
Temos que nos cuidar. O cansaço, infelizmente, vai perdurar por mais um tempo. Mas, apenas juntos, com cada um fazendo a sua parte, é que vamos continuar ter forças para nos mantermos em pé.
Então, meus amigos. Fé em Deus. E cuide-se. Ainda vamos nos sentir aliviados. Mas, ainda, não.
