Como a nossa seleção é vista do outro lado do Atlântico
Estive, nessa semana, participando do Congresso Mundial de Comunicação Ibero-Americana em Braga, Portugal. Pela segunda vez voltei a terras lusitanas para apresentar um trabalho em congresso e uma das experiências mais interessantes foi poder conversar com portugueses e espanhóis sobre a Copa do Mundo no Brasil. E não é que a nossa seleção anda muito mal cotada para os lados da Europa?
Em Madrid, aguardando a conexão do voo para Lisboa, tive a oportunidade de caminhar por longas 14 horas na cidade espanhola. E falar sobre futebol em Madrid é mexer num grande vespeiro. Vejamos… Na loja oficial do Real Madrid o vendedor ironizou o “cai-cai” Neymar e disse que se o Brasil depender dele para ser campeão… estamos fritos.
Na loja oficial do Barça, me disseram que “apesar” de termos o “ídolo” Neymar, não vamos conseguir superar Messi & Cia. jogando no Brasil. Uma terceira loja de esportes pela qual passei, dessas que vendem roupas de tudo quanto é time de tudo quanto é lado, perguntei sobre uma camisa da seleção espanhola. E a resposta foi: “a dos atuais e futuros campeões da Copa?”. Tentei argumentar: “será? Eu acho que é o Brasil”. Pronto, mexi num vespeiro e ainda tive que ouvir a dona da loja falar que a nossa salvação, se for, será o atacante Fred!
Em Portugal, a percepção não é diferente. É quase unânime entre nossos “irmãos” portugueses que o Brasil não vai longe na Copa. E nem Portugal, para ser sincero. Para eles, aqui (escrevo diretamente de Braga), a Espanha é a grande favorita, sem dúvida nenhuma. E olha que as pessoas com quem conversei são apreciadoras de um bom jogo de futebol.
Pelo visto, a seleção brasileira não anda convencendo ninguém por aí. Nem mesmo nós, brasileiros, estamos muito convictos de que ela irá brilhar na Copa. Particularmente, tenho minhas dúvidas, acho que o Brasil chega na final, mas não sei como vai ser no último jogo. Espero que possamos ser hexa, por mais que ache essa missão dificílima.
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