Marcada a data da reconstituição da morte de Maria Fernanda

Foi marcada para o dia 16 de maio (uma segunda-feira, às 8h da manhã), a reconstituição do crime que resultou na morte da criança Maria Fernanda Camargos, de 5 anos, em Frutal. A informação foi confirmada pelo delegado Murilo Antonini, responsável pela investigação do caso e titular da Divisão de Crimes Contra a Vida da 3ª Delegacia de Polícia Civil. No dia 20 de Abril, os avós, a tia, a mãe da criança e um líder espiritual, suspeitos do homicídio, foram presos durante a Operação “Incorporação da Verdade”. Desde então, eles estão recolhidos no Presídio de Frutal e na Penitenciária “Professor Aloisio Inácio Oliveira”, em Uberaba.O delegado Murilo Antonini, afirmou que, primeiramente, foi informado que havia ocorrido um acidente doméstico, envolvendo churrasqueira e álcool no dia 23 de março. A criança teve praticamente 100% do corpo queimado e, devido à gravidade dos ferimentos, ela morreu no dia seguinte, em um hospital de São José do Rio Preto. A reconstituição tem a finalidade de esclarecer o que exatamente aconteceu no local e, a partir dos depoimentos e provas colhidas até o momento, definir o grau de participação e culpabilidade de cada um dos investigados.“Descartamos a hipótese de acidente doméstico e instauramos o inquérito para apurar um homicídio culposo. Porém, ao longo da investigação foram ouvidas testemunhas, os médicos que atenderam a vítima e também foram juntados laudos policiais. Com esses elementos, concluímos que não houve acidente doméstico e tampouco homicídio culposo, mas sim, homicídio doloso”, explicou.A partir daí, a Polícia Civil representou pela prisão da mãe, dos avós e do guia espiritual e deflagrou a Operação “Invocação da Verdade”. Na ação, além dos cinco mandados de prisão temporária contra os suspeitos, foram cumpridos dois mandados de busca e apreensão, sendo apreendidos celulares, documentos e outros materiais que podem auxiliar nas investigações.“Descobriu-se que a criança teria sido queimada durante um ritual. Ela teria sido banhada com álcool, misturado com ervas e uma vela acessa foi aproximada do seu corpo, fazendo com que ela fosse queimada viva”, completou o delegado Murilo Antonini. Após a conclusão do inquérito, com possível indiciamento dos suspeitos por homicídio doloso, ele será remetido à Justiça.

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rdportari

Jornalista, professor universitário, Dr. em Comunicação

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