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Hospital Frei Gabriel: um pequeno relato e três sugestões

Um pequeno relato sobre o Frei Gabriel e sugestões para a administração…

Fui ao Hospital por volta das 20h30 procurar atendimento médico após ser mordido por um cão e arranhado por um gato ao separar uma briga dos animaizinhos. Fato corriqueiro, ferimentos nem tão grave, mas como a doença da raiva é deveras perigosa e eu não sei da origem do gato nem se é vacinado, resolvi adotar o lema da “canja de galinha e cuidado”, que nunca fizeram mal a ninguém.

Minha primeira chegada ao hospital, por volta das 20h30, foi decepcionante. Uma atendente na portaria mal humorada, que sequer deu “patavinas” de atenção para minha pessoa ou para o que eu havia relatado. Me senti, de fato, constrangido. Resolvi sair e esperar uns 30 minutos para a cabeça esfriar.

Voltei às 21hs. Encontrei outras pessoas na recepção. Esses sim, atenciosos e me prestaram toda atenção em me encaminhar para fazer a ficha e perguntar o que havia acontecido. Nesse meio tempo, encontrei com o professor Valter Soares (Valtão) e meu caro amigo Luís Gustavo, filho do Valtão e que estudou comigo desde a quinta série. Luís Gustavo havia chegado do Hospital São José com um pedido de vacina contra o vírus da raiva por ter sido mordido por um gato de rua. Casos semelhantes, problemas parecidos, os meus e o dele.

Porém, como não eram animais tipicamente raivosos, a vacina só poderia ser administrada em nós no sábado pela manhã, no posto de saúde. Luís Gustavo trabalha em Bebedouro (SP) e daria plantão no sábado naquela cidade, com viagem programada para as 5h30. Enfim, ele não conseguiria ir às 10 da manhã para tomar a dose.

Imediatamente entrei em contato com o assessor de comunicação, Samir Alouan, que me atendeu com presteza e tentou intervir para solucionar o problema. Porém, como não há regime de plantão na unidade de vacinas, não teve sucesso no intento.

Mexe daqui, mexe dali, professor Valter – por intermédio do amigo Jessé – conseguiu contato com a D. Lourdes, que atua na UBS central de Frutal e, com toda sua presteza, fez a gentileza de ir até lá e aplicar a dose em Luís e em mim

Não se fazem mais pessoas com a disposição e prestatividade de D. Lourdes. É difícil encontrar isso hoje em dia. Sei que o caso não era gravíssimo e que o protocolo nos dá prazo para tomar a vacina. Mas, reproduzindo as palavras de professor Valter: “se é com a gente, a gente aguenta esperar. Se é um filho seu, você passa a noite sem dormir de tanta preocupação”. Isso porque, gostemos ou não, a raiva é uma doença grave e, caso algum dos animais estiver infectado com o vírus, poderia perfeitamente transmiti-lo a nós.

Enfim, para terminar, gostaria de fazer as seguintes considerações:

1) melhorar o atendimento aos pacientes no hospital Frei Gabriel. Fui bem tratado da segunda vez mas, na primeira, deu vontade de correr em busca do atendimento particular;

2) criar, se necessário, um sistema de plantão para situações como essa, de vacinas que precisam ser administradas após fatos como os que aconteceram comigo e com Luís Gustavo. Não é difícil e deixaria muita gente mais sossegada, com certeza;

3) Valorizar profissionais que no atendem com a presteza e dedicação de quem gosta da profissão. E aqueles que acham que estão ali por obrigação, fazer com que entendam que mexer com saúde e com outras pessoas, de fato, é dificílimo.

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rdportari

Jornalista, professor universitário, Dr. em Comunicação

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