Vigilância Epidemiológica e Centro de Zoonoses alertam para os acidentes causados por animais peçonhentos

Tempo quente e úmido, uma combinação perfeita para o surgimento de animais peçonhentos como escorpiões, aranhas, marimbondos, abelhas e cobras. O alerta é do setor de Vigilância Epidemiológica da Secretaria Municipal de Saúde e do Centro de Controle de Zoonoses do município.

Em Frutal, segundo levantamento feito pela Vigilância, no ano passado, foram registrados 373 acidentes, sendo que 94% envolveram escorpiões, principalmente na zona urbana. “Os bairros com maior incidência foram o Princesa Isabel e a Vila Esperança”, informa a enfermeira da Vigilância Epidemiológica, Ana Catarina Silva Oliveira Clemente.

Já na zona rural, segundo ela, é muito comum a presença de serpentes principalmente da espécie jararaca. Conforme lembra Ana Catarina, assim que a pessoa for picada, ela passa por avaliação médica e dependendo da gravidade do quadro do paciente, o médico irá analisar a necessidade ou não do uso de soro antiofídico. “Nada de improvisar alternativas caseiras como torniquete ou garrote, que só podem agravar ainda mais o quadro do paciente”, recomenda. 

Ainda de acordo com a enfermeira, assim que o morador é atendido nos serviços de saúde é preenchida uma notificação que possibilita a Secretaria de Saúde ter acesso aos dados epidemiológicos do município através do Sistema de Notificações das Doenças e Agravos – SINAN.

Ao falar de captura de animais peçonhentos, cabe ao Centro de Controle de Zoonoses realizar por meio dos agentes de saúde o trabalho de orientação junto aos moradores e a varredura nas residências, observando principalmente os locais preferidos dos animas peçonhentos como entulhos e frestas de paredes.

De acordo com diretor Eduardo Gross Gomes, no caso de escorpiões e aranhas, o controle químico deve ser feito por uma empresa especializada e não pelo morador que ao invés de combatê-lo, apenas pode desalojá-los de um local para o outro. Já em relação às cobras, a captura normalmente é feita pelo Corpo de Bombeiros que as devolve para o seu habitat natural.

“As orientações sobre os procedimentos corretos a serem feitos pelo morador são passadas pelos agentes de saúde do Centro de Zoonoses. Além disso, há uma parceria entre o setor e o Hospital Municipal Frei Gabriel que nos informa sobre os acidentes atendidos pela instituição o que facilita ainda mais o trabalho de orientação da nossa equipe junto ao morador”, conclui Eduardo Gomes.

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rdportari

Jornalista, professor universitário, Dr. em Comunicação

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