Fala, Portari
Entre o dia 1 de maio e ontem, dia 28 de maio, Frutal avançou quase 30 óbitos por COVID. Fora isso, já foram 748 casos confirmados e, num cômputo geral, até a sexta-feira acumulamos 5855 pacientes positivos. Praticamente temos 10% da população já infectada pelo novo coronavírus e, mais que isso, pelo volume de testes entre negativos e positivos, já tive 31% da população passando pelos exames para detectar o novo vírus.
Isso demonstra, de forma fria, que quase um terço dos nossos moradores já tiveram algum tipo de sintoma que levou à realização de testes, seja o chamado “PCR” ou o “teste rápido”. É um volume grande de pessoas e me chama atenção o fato de que, a cada dia, mais e mais novas suspeitas de infectados vão surgindo.
Mais uma vez, nessa semana, a região Triângulo Sul e a microrregião de Frutal “escapou” da chamada “Onda Roxa”, aquelas em que as restrições são maiores e o atendimento presencial no comércio é suspenso, restando o delivery. Porém, se os indicadores não melhorarem – e não estão melhorando – dificilmente o governo vai continuar “segurando as pontas” nesse sentido.
Digo isso porque a lotação de leitos clínicos e UTI são cada vez maiores. Na semana passada tentei auxiliar uma família que conseguiu um leito de UTI lá em Unaí, porém, teve que abrir mão do suporte porque simplesmente não havia transporte aéreo para levar a paciente para lá. O resultado? Infelizmente o paciente não resistiu e veio a óbito três dias depois.
Fatos como esses deveriam servir de lição ou reflexão. Mas, no entanto, apenas são jogados como números frios que se acumulam, dia após dia. E aí saltamos de 159 óbitos do dia 1 para 187 óbitos no dia 28. Mas, aparentemente, tudo “continua” normal. Falta, muito, para a população se unir a fim de acabar com essas tristes realidades. E, infelizmente, acabo que concordo com o Papa Francisco. Mas, ao invés de dizer que há pouca oração, digo que há pouca educação. O resultado está aí.
Salve-se quem puder (e souber se preservar).
