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O Natal Chegou Mais Cedo! – Prof. Zé Luís

“O tempo, irmão do vento, me sugeriu brincar de amor…” Numa expressão poética refinada, parnasiana, bela e sutil, nosso poeta frutalense maior deixou um rastro de fulgor e poesia nos idos dos anos 60 e 70. Passeou pela vida, em uma boemia criativa refulgente, deixando escritas singulares e marcantes. Chico Natal morreu em plena campanha política, em novembro de 1976. Arvorou-se a uma candidatura a vereador e seu lema – original como de costume – era: “Esse ano o Natal chega mais cedo!” Era véspera da eleição quando foi embora voar entre as estrelas (permita-me o eufemismo barato). Naquele dia, não teve discurso, nem comícios, apenas os lamentos e choros que velavam aquele homem que sabia brincar com as palavras de um jeito tão sério, tão bonito.
Dias destes, inaugurou-se a exposição que versa sobre a obra de Chico Natal. Tinha banda, atores, familiares e algumas poucas autoridades. Só faltou o povo. Tudo bem! Os painéis vão até o povo, pois o artista deve ir onde ele está. As poesias vão visitar saguões, espaços públicos e escolas, arejando os ambientes em máquinas antigas de escrever, em guarda-chuvas, em lonas modernas.
Quase ninguém sabe, mas temos escritores-poetas admiráveis em nossa terra. Enumero alguns, com perdão dos que, por ventura, esquecer, ou não tiver notícia: os irmãos Lausamar e Aloisio Humberto; Narcio Rodrigues; Pablo Rezende; Alexandre de Paula; Claison Melo. Qualquer dia, ainda reúno essa gente, com muito mais gente, e vamos conversar sobre sua arte, sobre o fazer literário, sobre as agruras e alegrias de ser escritor.
É isso aí!

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rdportari

Jornalista, professor universitário, Dr. em Comunicação

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