Etc&Tal – 25/04/1999

Lembro-me de uma história interessante:  Uma vez um homem estava viajando e, acidentalmente, entrou no paraiso. E no conceito indiano de paraiso existem árvores-dos-desejos.
Você simplesmente senta debaixo delas, deseja qualquer coisa e imediatamente seu desejo é realizado – não há intervalo entre o desejo e sua realização.
O homem estava cansado, e pegou no sono sob a árvore-dos-desejos.
Quando despertou, estava com muita fome, então disse:
— “Estou com tanta fome, desejaria poder conseguir alguma comida de algum lugar”.
E imediatamente apareceu comida vinda do nada – simplesmente uma deliciosa comida flutuando no ar. Ele estava tão faminto que não prestou atenção de onde a comida viera – quando se está com fome, não se é filósofo. Começou a comer imediatamente, a comida era tão deliciosa…
Depois, a fome tendo desaparecido, olhou à sua volta. Agora estava satisfeito.
Outro pensamento surgiu em sua mente:
— Se ao menos pudesse conseguir algo para beber…
E como não há proibições no paraiso, imediatamente apareceu um excelente vinho. Bebendo o vinho relaxadamente na brisa fresca do paraiso, sob a sombra
da árvore, comecou a pensar:
— O que está acontecendo? O que está havendo? Estou sonhando ou existem espiritos ao redor que estão fazendo truques comigo?…
E espiritos apareceram. E eram ferozes, horríveis, nauseantes. Ele comecou a tremer e um pensamento surgiu em sua mente:
— Agora vou ser assassinado, com certeza…!!
E ELE FOI ASSASSINADO.
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Esta é uma antiga parábola e de imenso significado. Sua mente é a árvore-dos-desejos – o que você pensa, mais cedo ou mais tarde, se realiza. Às vezes o intervalo é tão grande que você se esquece completamente que, de alguma maneira, “desejou” aquilo; então não faz a ligação com a fonte.
Mas se olhar profundamente, perceberá que todos os seus pensamentos,
com medos/receios, estão criando você e sua vida. Eles criam seu inferno ou criam seu paraiso. Criam seu tormento ou criam sua alegria.
Eles criam o negativo ou criam o positivo… Todos aqui são mágicos. E todos estão fiando e tecendo um mundo mágico a seu redor… aí são apanhados. A própria aranha é pega em sua própria teia. Ninguém o está torturando… a não ser você mesmo. E uma vez que isso seja compreendido, mudanças começam a acontecer.
Então você pode dar a volta, pode mudar seu inferno em paraiso. É simplesmente uma questão de pintá-lo a partir de um ângulo diferente…
A responsabilidade é toda sua. Seu “paraiso” depende de VOCÊ.

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rdportari

Jornalista, professor universitário, Dr. em Comunicação

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