Coral-Verdadeira é capturada em casa de Frutal
O Corpo de Bombeiros de Frutal foi acionado na avenida Euvaldo Lodi, altura do número 1594, no bairro Ipê Amarelo, onde uma serpente coral “verdadeira” estava em cima do telhado de uma casa.
A moradora do imóvel, de 49 anos, viu o animal pela parte interna do telhado e, assustada, pediu auxílio aos bombeiros. Usando técnicas e materiais adequados a serpente foi capturada e levada para seu habitat natural.
Coral-Verdadeira
A coral-verdadeira (gênero Micrurus) é muito conhecida pela população brasileira, e tem um padrão de cores característico: sua pele é desenhada por listras que intercalam preto, vermelho e branco. A coloração não é à toa: seu objetivo é sinalizar aos predadores já de cara que ela é bem perigosa – na natureza, esse tipo de recurso se chama coloração de advertência.
Considerada uma das serpentes mais venenosas do território brasileiro, a coral-verdadeira tem um veneno de alta toxicidade que afeta diretamente o sistema nervoso. Se uma pessoa é picada, os primeiros sintomas são dormência no local, visão turva e dificuldade na fala. Porém, aos poucos, a peçonha começa a afetar o restante do sistema nervoso, provocando paralisia de músculos importantes, como coração e diafragma.
Apesar de representar todo esse perigo, a coral-verdadeira é muito tímida e vive geralmente escondida entre a vegetação rasteira, buracos no chão e debaixo de pedras. Além disso é um animal tranquilo, que em raras ocasiões ataca.
Outra curiosidade bem conhecida é que a coral-verdadeira tem diversas sósias, as corais-falsas. Essas serpentes, que não são perigosas, mimetizam as características físicas das corais-verdadeiras para afastar possíveis predadores.
Se encontrar uma possível coral, não tente diferenciá-las! Afaste-se do local o mais rápido possível. Se estiver em ambiente urbano, avise as autoridades responsáveis. Caso seja picado por uma coral-verdadeira, busque atendimento médico imediatamente. O tratamento da picada é feito com a administração do soro antielapídico, fabricado no Instituto Butantan.
*Com informações do Instituto Butantã