Prefeitura de Planura oferece aulas de alfabetização para crianças com dificuldades de aprendizado

Pensando em oferecer um suporte no aprendizado das crianças que possuem dificuldades na leitura e escrita, a Prefeitura de Planura, por meio da Secretaria Municipal de Desenvolvimento Social, criou em agosto de 2022, o projeto Eu Sou Capaz, que oferece aulas de alfabetização para 23 alunos do 4º, 5º e 6º ano.

Segundo a Secretária de Desenvolvimento Social, Diva Paula, a ideia do projeto surgiu depois de identificado que algumas crianças estavam pulando etapas, deixando a rede municipal para ir para a escola estadual sem saber ler e escrever. “Estivemos na Secretaria de Educação e conversamos com as diretoras das escolas, e sim, existe mesmo essas crianças que estão passando para o estado.” Disse a Secretária, Diva Paula.

Os professores que atuam no projeto, foram convidados pela Secretaria de Desenvolvimento Social e participam como voluntários. “Fizemos o convite para às professoras que é a Leny, Cida Francisca, Eloisa Peres, Regina, que ainda atua na escola, e o nosso amigo Ribeiro, para ajudar, e de início, alfabetizar da forma que já deveria ter sido feito e não deixar essas crianças perdidas em sala de aula.” Frisou, Diva Paula.

Os estudos são ministrados pelos professores voluntários na base onde fica localizado o projeto Eu Sou Capaz. O local conta com uma sala que foi adequada para receber os alunos. A metodologia de ensino que é aplicada, vai de acordo com a dificuldade de cada criança.

Para a professora, Cida Francisca, participar do projeto tem sido um desafio encantador: ‘’Fomos convidadas para participar desse projeto que é um desafio e um encanto. Temos trabalhado muito com a parte emocional dessas crianças, a queima de etapas, a tirar o medo, trabalhamos com as cores, mas a prioridade nossa é alfabetizar essas crianças para inseri-las no nível natural e na sociedade”. Enfatizou a professora aposentada, Cida Francisco.

            Para a professora Leny, o convite para participar do projeto foi um resgate do começo de sua carreira, e um grande desafio. “As crianças do período da manhã, a maioria que está comigo são do 6º ano, são crianças que não tiveram a oportunidade correta no momento certo e na idade certa, por problemas também familiares, a gente sabe do problema de cada um, mas está sendo um desafio, e o que eu quero principalmente é tirar o medo, elas têm muito medo de errar, medo de falar, de ler e de escrever”. Enfatizou a professora, Leny Ferreira.

O pedagogo voluntário, Edson Ribeiro, enfatiza que a meta do pedagogo é acreditar no próximo, e que faz jus ao nome do projeto: “O nome já fala, “Eu Sou Capaz”, como o pedagogo tem essa de acreditar nas pessoas, nós acreditamos no ser humano que é a criança. Pra mim está sendo muito agregado por que é uma experiência nova, eu sou professor pedagogo formado, mas eu não estava em sala de aula, não era alfabetizador, então eu também sou aluno aqui desse projeto, são experiências vividas e eu estou mais aprendendo do que ensinando.” citou Edson. 

Cida Francisco, Professora Aposentada

“É totalmente diferente de quando eu estava na sala de aula, é um novo aprendizado, um caminho diferente. O projeto ele tem uma grandiosidade que tanto meche com a gente como ser humano, quanto meche com os pais das crianças. É diferente por que a gente está na zona de conforto, você aposentou, quer viajar, passear, de repente aparece um convite e vira um desafio. É um desafio a alfabetização, é amor mesmo”

Leny Ferreira, Professora Aposentada

Não é são totalmente sem conhecimento, sabem sim, só que foi feito uma grande confusão na cabeça delas, o que é alfabético, o que é pre alfabético o que é silábico, virou tudo uma mistura muito grande, na cabecinha deles. Então a gente vai ter que ir com muita calma ir tirando esse medo e mostrando as diferenças, porque a partir do momento que essa criança perde o medo, ela começa a mostrar o que ela sabe.”

Edson Ribeiro, Pedagogo

“Estamos fugindo do que é trabalhado na escola, porque se nós trabalharmos o projeto dentro da escola, eles não vão saber fazer essa separação, e o projeto é justamente isso fazer essa separação da escola, aqui é um espaço pra que eles se sintam à vontade, possam se expressar melhor. O projeto na verdade ele é como se fosse a extensão da própria casa deles, então por esse motivo eles se sentem mais à vontade, mais concentrados, porque eles sabem que aqui é um ambiente de estudo e de acolhimento”.

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rdportari

Jornalista, professor universitário, Dr. em Comunicação