Núcleo de Endemias está preocupado com o aumento de casos de dengue no município

A grande quantidade de chuva que tem caído em Frutal somada à temperatura elevada nos últimos dias tem preocupado o Núcleo de Controle de Endemias do município em relação ao possível aumento dos casos de Dengue, Chicungunya e Zika Vírus no município.
Conforme o Levantamento Rápido de Índices para Aedes Aegypti – LIRAa/LIA, apresentado esta semana, de janeiro deste ano até agora, foram registrados 15 casos suspeitos e 05 confirmados de Dengue e nenhum de Zika e Chicungunya.
Segundo o coordenador do Núcleo, Jovino Adriano Ambrósio Baldo, os bairros com maior índice de infestação do mosquito foram: Centro, Progresso, Ipê Amarelo, Princesa Isabel e Nossa Senhora Aparecida. “Janeiro até o final de março é sempre um período crítico devido ao período chuvoso, por isso, precisamos redobrar a atenção e os cuidados”, recomenda.
O LIRA apontou ainda que desta vez o índice de infestação do Aedes no município foi de 3,7, enquanto que em outubro do ano passado foi de 1,98. Porém, no parecer de Jovino Adriano, o resultado ainda está dentro do aceitável porque se comparado aos anos anteriores ainda está abaixo, já que em 2019 o índice foi de 3,4, em 2020 saltou para 7,0 e no ano passado ficou em 5,0. “Para reduzirmos esse índice precisamos da ajuda de toda a população, cada um cuidando do seu imóvel e do seu quintal”, conclama.
Ainda falando em números, segundo o Núcleo de Endemias, em 2019 Frutal registrou 01 óbito, 1.768 casos positivos de dengue, um de Zika e nenhum de Chikungunya; já em 2020 foram 542 casos positivos de dengue, um de Zika e um de Chikungunya. Em 2021, foram apenas 42 casos positivos de dengue e nenhum de Chikungunya e Zika.
Os recipientes onde mais os agentes encontraram as larvas do Aedes foram bebedouros de animais, galinhas e até papagaios. Outro fato que chamou a atenção do Núcleo são os tambores de plástico utilizados como armazenamento de água da chuva. “Em muitos deles também foram encontrados larvas do mosquito. A recomendação é sempre lavar bem com bucha antes de utilizá-lo”, afirma.
A preocupação do Núcleo de Endemias aumenta porque segundo Jovino Adriano, assim que a chuva cessa, o mosquito da Dengue sai dos imóveis para procurar um objeto qualquer onde irá depositar os ovos, cinco minutos após, caso chova novamente, os ovos se soltam e um novo ciclo começa com a eclosão de pelo menos 200 larvas. “Em sete dias o Aedes já está voando, causando transtorno e doença”, destaca.
Em relação ao trabalho dos agentes de Endemias, de acordo com Jovino Adriano, eles têm sido bem recebidos pela população. A não ser um caso registrado em uma residência no bairro Nossa Senhora Aparecida em que o morador só permitiu a entrada dos profissionais depois que a Polícia Militar foi acionada. “Agradeço o comando da PM que nos dá o apoio quando necessário. As pessoas precisam entender que estamos ali é para cuidar da saúde delas e vamos continuar fazendo o nosso trabalho”, conclui.

Por Assessoria de Comunicação

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rdportari

Jornalista, professor universitário, Dr. em Comunicação

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