PC já sabe quem matou Emily em Fronteira. Autor é considerado foragido

A Polícia Civil de Minas Gerais, através da Delegacia de Polícia de Fronteira, caminha para concluir investigação sobre o homicidio da transexual conhecida por Emilly (Evandro dos Santos Rocha), encontrada morta, sem roupa e com sinais de violência, no chão da sala de sua casa.

As investigações concluíram que o crime ocorreu por volta da meia noite da segunda-feira (17/08), mas só foi notado horas depois, por volta das 06horas da manhã do dia seguinte.

A vítima morava sozinha, em uma rua próxima a rodovia (BR-153), local de pouco movimento. Tais circunstâncias, somadas ao horário em que os fatos se deram (meia noite), contribuíram para que o crime não fosse presenciado ou mesmo percebido por vizinhos ou outras pessoas, bem como só ter sido notado horas depois a descoberta do crime, a polícia Militar identificou e apresentou como suspeitos do crime, dois homens, os quais estiveram com a vítima dias antes, cada qual em um momento distinto.

Ouvidos, os suspeitos admitiram que estiveram com a vítima, negando todavia qualquer participação ou envolvimento em sua morte. Ambos aceitaram fornecer material genético para exame de confrontação. Os dois suspeitos iniciais foram ouvidos e liberados, em razão da ausência de provas contra ambos.

Não foram encontrados vestígios de danos de arrombamento nas vias de entrada do imóvel, o que logo indicou que o autor entrou na casa sem precisar arrombar ou danificar nenhum obstáculo, o que sugere que o criminoso teve franco acesso ao imóvel.

A execução do crime teve início no quarto da vítima, onde o perito identificou grande quantidade de sangue nas paredes, cama e chão, bem como mobílias caídas, a indicar ter havido luta corporal entre a vítima e o autor. Manchas de sangue também foram encontradas no corredor de acesso a casa, bem como portão e cadeado, o que também indicou que o autor possa ter se ferido na ação ou mesmo carregado em seu corpo ou vestes sangue da própria vítima.

Ao lado do corpo da vítima, foi localizada uma faca de cozinha, com manchas de sangue, o que indica que a vítima foi esfaqueada diversas vezes pelo autor. A vítima apresentava 7 (sete) lesões na região do pescoço, sendo que um dos golpes chegou a causar esgorjamento, 2(dois) ferimentos no tórax, tendo um deles atingido o pulmão da vítima, bem como lesões na palma da mão e dedos, a sugerir que tentou se defender dos ataques.

As investigações concluíram que o criminoso, já identificado pela Polícia Civil, por volta das 22hs entrou em contato com a vítima, através de uma rede social, onde combinaram de realizar um programa sexual. O autor chegou na casa da vítima por volta da meia noite, minutos depois, já dentro do quarto de Emily, iniciou-se o conflito que culminou na morte da vítima. As investigações apontam que vítima e autor provavelmente iniciaram um conflito motivados pelo valor do programa ou mesmo a forma de pagamento, e dessa discussão tenha desencadeado as agressões que culminaram na morte brutal da vítima.

O delegado de polícia responsável pelo caso representou pela prisão preventiva do autor, o qual encontra-se foragido.

Participaram da investigação: Delegado Bruno Salmen, escrivã Mayara, investigadores Suzana, Mariri, Philipe e Alcione, perito Jeferson e médico legisla George.

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rdportari

Jornalista, professor universitário, Dr. em Comunicação

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