PC revela detalhes da investigação da morte de Panterinha

O delegado regional Fabrício Altemar concedeu entrevista coletiva ontem a tarde para falar do andamento das investigações acerca da morte de Wendel Michael Santana (Panterinha), que morreu após ser baleado em uma abordagem policial. Dentre os pontos destacados pela autoridade policial é de que tão logo a ocorrência foi encaminhada, o delegado Bruno Giovanini, que estava no plantão, foi ao local dos fatos e levou testemunhas para prestarem depoimentos. Essas primeiras testemunhas teriam apresentado uma versão diferente daquela que estava na ocorrência e, por isso, inicialmente os militares ficaram presos em flagrante. No entanto, posteriormente, o juiz criminal da Comarca de Frutal entendeu que não havia motivo para manter os policias presos e determinou a soltura de ambos.

Suspeito Armado

Conforme testemunhas haviam relatado ao Blog do Portari, havia uma dúvida se Panterinha estaria armado ou não. Segundo uma das pessoas que procurou o Blog no dia dos fatos, ninguém teria avistado a vítima com arma. No entanto, segundo o delegado Fabrício Altemar, os policiais relataram que após balear Panterinha teriam recolhido a arma, um revólver calibre 32, e armazenado dentro do colete a prova de balas que portavam. A arma só foi entregue na delegacia posteriormente e, por isso, a população que se aglomerou no local não teria avistado o revólver. A PC ainda informou que havia sangue na coronha da arma entregue.

Tiros

Foi confirmado pela PC que no total foram deflagrados 8 tiros por parte da Polícia Militar. Destes, três acertaram a vítima no tórax, maxilar e na mão. Panterinha foi socorrido numa viatura da própria PM e apesar de dar entrada com vida no hospital, não resistiu aos ferimentos. As armas dos policiais militares ficaram apreendidas para exames periciais de balística.

Comportamento da vítima

De acordo com moradores do bairro, Panterinha sempre foi visto como uma pessoa tranquila. Apesar de ser sabido na vizinhança de que ele estaria envolvido com a venda de entorpecentes, era tido como uma pessoa calma e que não andaria armado. Já na pesquisa policial foi destacado que a vítima respondia por várias passagens, inclusive por homicídio. Há uma suspeita de que ele também teria envolvimento com o incêndio de um veículo da Prefeitura ocorrido em junho, quando pichações insinuaram de que a ação seria fruto do PCC na cidade.

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rdportari

Jornalista, professor universitário, Dr. em Comunicação

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