Identificado quarto suspeito do caso Kelly Cadamuro. PC também quebrou sigilo telefônico de Jonathan

O delegado Bruno Giovanini responsável pela investigação do latrocínio de Kelly Cadamuro, afirma que foi identificada uma quarta pessoa envolvida no crime. O suspeito, que é de Rio Preto, ficaria com o carro da vítima, mas o autor do assassinato, Jonathan Pereira do Prado, não conseguiu fazer a entrega do veículo.

A família de Kelly contratou advogado e perito para acompanhar o caso e reclamava que o inquérito tinha encerrado em dez dias, rápido demais, sem ter nem ter quebrado o sigilo telefônico de todos envolvidos.

Bruno afirma que já tinha obtido, no dia 6, autorização judicial para quebra de sigilo telefônico dos envolvidos, mas diz ter segurado a informação por estratégia de investigação.

“Por meio da quebra de sigilo descobrimos que, após o crime, Jonathan usou o celular de Kelly para ligar várias vezes para o telefone desta pessoa que iria ficar com o carro” explica o delegado.

O plano de Jonathan deu errado porque, enquanto ele dirigia o Fox por ruas de Rio Preto, a caminho do comprador, ficou sabendo, por meio de um aplicativo de celular, que o veículo tinha entrado para lista de carros roubados. Neste momento, decidiu se livrar do carro na estrada rural entre Rio Preto e Mirassol, ficando apenas com as rodas e o rádio.

“Outra informação que conseguimos por meio da quebra de sigílo foi que Jonthan ligou para mais três mulheres, antes de Kelly, para pedir carona até para Itapagipe. Como elas recusaram ou nem deram resposta, ele recorreu novamente ao grupo de WhatsApp”, explica o delegado.

Todas as três mulheres que recusaram dar carona para Jonathan estão sendo ouvidas pelo delegado Fernando Tedde, da Delegacia de Investigações Gerais (DIG) de Rio Preto. A polícia não descarta a possibilidade de mais mulheres terem sido abordadas.

“O fato de Jonathan ter tentado carona com mais três mulheres descarta a possibilidade do crime ter sido encomendado pelo atual namorado. Nem há ligação telefônica entre ele e o autor do crime”, diz o delegado de Frutal.

Em depoimento, Jonathan diz que foi ele quem ligou para Kelly para combinar a carona, dizendo que iria viajar acompanhado da namorada, mas a polícia não descarta a hipótese levantada pela família da vítima, de que a jovem só aceitou dar a carona porque o pedido foi feito por uma mulher.

Fonte: Diário da Região

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rdportari

Jornalista, professor universitário, Dr. em Comunicação

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