Pesquisas eleitorais x resultados das urnas: a crise de credibilidade

Não é de hoje que institutos de pesquisa sofrem com crise de credibilidade no que tange a divulgação de números em medições realizadas durante as eleições. Em 2012 mesmo o Instituto Veritá apontava vitória de Toninho Heitor quando, na verdade, o vencedor foi Mauri Alves. Em 2014 o mesmo instituto publicou pesquisa em Belo Horizonte dizendo que Aécio seria eleito e o resultado foi diverso nas urnas. Em 2016, números estratosféricos divulgados pelo Veritá e pelo Instituto Opinet, de São José do Rio Preto (SP) não se confirmaram nas urnas.
pesquisa
A arte acima, divulgada via Facebook, mostra que, se o Opinet tivesse certo em sua medição realizada poucos dias antes da eleição, Maria Cecília Marchi Borges deveria ter 24.210 votos nas urnas, equivalendo a 74% do eleitorado que compareceu nas sessões de votação. Oficialmente ela conseguiu 15.717 votos, ou seja, 51% dos votos. Uma discrepância de 8.493 votos.
O mesmo instituto dizia que Caio Heitor deveria ter, no máximo, 4.776 votos (16,3%) e, nas urnas, ele chegou a 9.476, cerca de 33% dos votos das urnas. O mesmo se aplica a Gilsen Queiroz que, pelo Opinet deveria ter 3.827 votos e nas urnas registrou 4,768 votos.
Pesquisa do Instituto Veritá também não ficou diferente disso:
verita2016
O erro foi um pouco “menor” em relação ao Opinet. No entanto, isso demonstra que não se pode confiar nos números apontados por institutos de pesquisa em Frutal. Para os próximos pleitos, que os eleitores fiquem atentos a esses “erros” que quase sempre beneficiam quem tem acesso ao relatório completo das medições.
 

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rdportari

Jornalista, professor universitário, Dr. em Comunicação

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