(Opinião) Promessas eleitorais: precisamos ficar atentos ao que é e o que não é possível

Rodrigo UnisebEstamos encaminhando-nos para momentos de definições eleitorais em Frutal e, desta vez, não me aterei a falar sobre os possíveis candidatos – mesmo porque esses já estão na boca do povo – e muito menos sobre o que esperar da disputa eleitoral. No entanto, chamo a atenção dos caros leitores para uma outra questão que será fundamental para o nosso futuro: entender as propostas que nos serão apresentadas.

Vejamos: normalmente os candidatos apresentam para nós planos de governo, onde constam possíveis realizações que pretendem em seus mandatos, além de propostas administrativas e de gestão que são cruciais para o bom funcionamento do município. No momento de crise em que vivemos hoje, termos em mãos propostas aplicáveis na prática faz-se muito mais que necessário.

Digo isso porque, ao olharmos histórico de eleições não só em Frutal, mas em todo o país, é comum vermos planos mirabolantes. Coisas do tipo “se não tem mar em Minas Gerais, vamos fazer um canal trazendo a água do mar até o estado”. Ou, então, prometendo ações que são eminentemente responsabilidade do Governo Federal ou Estadual, como construção de presídio ou mesmo instalação de Universidade Federais em um município. São coisas que um prefeito pode tentar viabilizar, mas jamais serão de exclusiva competência do executivo municipal.

Como as convenções partidárias ocorrerão até o dia 5 de agosto e até o dia 15 de agosto os registros de candidatos deverão acontecer, as propostas deverão também chegar às nossas mãos de forma até mais rápida esse ano, já que teremos apenas 47 dias de campanhas.

Dessa forma, compete a nós, eleitores, estar de olho naquilo que nos será proposto: refletirá a realidade de Frutal? Será aplicável? Não está querendo “inventar a roda”? São questionamentos que podemos e devemos fazer antes de nos dirigirmos à seção eleitoral para darmos nossos votos.

Pode até parecer um pouco de “chover no molhado” quando abordo esse tipo de assunto por aqui. Porém, pelo que já vimos no passado, não custa lembrar que precisamos estar atentos a isso para não sermos iludidos com promessas grandiosas que ficarão quatro anos no papel e, depois, serão negadas (ou esquecidas) solenemente pelos nossos gestores.

Fica aqui a minha sugestão para todos nós que não teremos nossos nomes nas urnas, mas que faremos o principal papel na disputa eleitoral: o de atribuir representatividade àqueles que querem se engajar na vida pública.

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Jornalista, professor universitário, Dr. em Comunicação

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