Advogado de idoso acusado de engravidar criança de 11 anos comprova inocência por DNA
Ação do advogado Ricardo Rocha resultou na liberdade de um idoso de 75 anos que foi acusado de estuprar uma garota de 11 anos. A chave para conseguir que seu cliente saísse do regime de prisão foi um exame de DNA, já que a denúncia de parentes da garota afirmavam que Napoleão Gregório, morador da Vila Esperança, teria engravidado a criança.
No entanto, ele sempre negou a acusação. Na época do fato ele disse ter ficado assustado com as acusações e ameaças que teria sofrido dos familiares da garota e foi para a casa de um filho na cidade do Prata (MG). Ao se apresentar na delegacia, foi preso e passou 5 meses atrás das grades onde, segundo ele, sofreu agressões físicas e morais por agentes penintenciários. “O pessoal da cadeia não, eles até me ajudava quando eu estava doente. Agora os agentes me judiaram. Não foram todos, mas me judiaram”, desabafou em entrevista ao programa Raio-X.
Depois de sair da cadeia, ficou em prisao domiciliar devido a seu estado de saúde que estava debilitado. Agora, inocentado pelo DNA, ele busca reparação judicial pela prisão que considera injusta e pelas humilhações que alega ter sofrido dentro do presídio. “Agora vou continuar trabalhando. Estou recuperando minha saúde, estou morado com minha filha, mas quero voltar pra minha casa e trabalhar. Mesmo que ainda esteja com medo deles. Vai que eles passam lá de novo”, afirma.
Já o advogado Ricardo Rocha afirmou que seu cliente sempre se comprometeu em ajudar nas investigações, tanto que se apresentou à polícia acompanhado de seu advogado de forma espontânea. “Após o processo ser relatado, ele foi indiciado pelo crime de estupro de vulnerável. Posteriormente, foi feita a resposta à acusação, onde requisitamos o exame de DNA porque ele negou veementemente ser o autor dessa bárbarie contra a menor. A juíza concedeu o nosso pedido e foi feita a coleta do material. O exame constatou que Napoleão não é o pai da criança gerada pela menor”.
Conforme Rocha, seu cliente pagou o exame de DNA para provar sua inocência, reafirmando o que o acusado teria dito desde o início do processo.
