Crise? Repasses federais para Frutal crescem R$12 milhões em 3 anos

repassesA Prefeitura de Frutal tem reclamado muito da “crise” e na queda dos repasses, justificando para isso boa parte de sua inoperância administrativa. O discurso tenta convencer, mas, na prática, os números demonstram uma realidade bem diferente daquilo que está sendo pregado pelas autoridades municipais.

Números publicados no portal de Demonstrativo de Distribuição de Arrecadação do Banco do Brasil mostram que Frutal recebeu muito mais de repasses entre janeiro e agosto de 2015 do que se comparado ao ano passado. Se compararmos ao que a ex-prefeita Ciça e o ex-vice Jair Heitor recebiam, a diferença fica muito maior.

De acordo com os números, que somam apenas repasses federais (aqui não estão incluídos valores de IPTU, ICMS e outras taxas municipais que são recolhidas diretamente na prefeitura), ou seja, apenas dinheiro que saiu dos cofres do Governo Federal direto para o caixa da Prefeitura, nos oito primeiro meses de 2015 a Prefeitura de Frutal recebeu a “pequena” quantia de R$59.257.640,70. Para se ter uma ideia da “crise”, no mesmo período de 2014 os repasses somaram R$55.481.379,54; em 2013 esse valor chegou a R$56.851.389,24  e, no último ano de gestão da ex-prefeita Ciça e Jair Heitor, em 2012, os repasses foram de R$46.953.492,52. Os números demonstram uma crescente na arrecadação de repasses federais. Nessas somas estão inclusos: Fundo de Participação Municipal (FPM), Royalties, Royalties de Itaipu, Fundeb, IPVA, imposto do SIMPLES Nacional, IPM-IPI Exportação, verbas do Departamento Nacional de Produção Mineral (CFM), ICMS Estadual, Imposto Territorial Rural (ITR) e ICMS da Desoneração das Exportações, ou seja, não entram nessa conta a arrecadação de taxas municipais, o que nos leva a crer que esses números sejam superiores aos publicados no portal do Banco do Brasil.

Se considerarmos que Ciça e Jair deixaram todos os salários em dia, bem como fornecedores e não atrasou um repasse sequer às entidades, temos que tirar o chapéu à competência administrativa. Com um orçamento menor em cerca de R$12 milhões, eles deixaram a cidade “ajeitada” para seu sucessor. No entanto, ao passar de mais da metade da atual administração, o que vemos é uma série de reclamações de que “falta dinheiro” e que precisamos até mesmo “paralisar” o atendimento dos contribuintes em nome da “crise”. Ou seja, se de um lado tivemos uma competência administrativa da ex-prefeita, por outro, temos uma inoperância administrativa sem explicações, já que, se estamos em “crise”, a arrecadação do município por meio de repasses federais mostra uma realidade muito, mas muito diferente do que ouvimos nas entrevistas pelas emissoras de rádio.

Quem quiser conferir os dados, basta acessar o portal, clicando aqui.

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rdportari

Jornalista, professor universitário, Dr. em Comunicação

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