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Ao deixar governo de MG, Anastasia estadualiza fundações associadas à UEMG

O governo de Minas dá mais um passo na concretização de uma das mais importantes ações para expansão do ensino superior público e gratuito no Estado. O governador Antonio Anastasia assinou, nesta quinta-feira, no Palácio Tiradentes, os três últimos decretos que formalizam a estadualização de seis fundações educacionais à Universidade do Estado de Minas Gerais (UEMG). A iniciativa amplia o número de vagas em cursos de ensino superior. A partir do dia 3 de junho ficarão transferidos automaticamente para a UEMG todos os alunos regularmente matriculados na Fundação Educacional de Ituiutaba (FEIT), assegurando-lhes o ensino público, gratuito e de qualidade. Com esta incorporação, ao final do ano a UEMG será a terceira maior universidade pública do Estado, com mais de 18 mil alunos.

De acordo com os decretos, as próximas fundações a serem transferidas são a Educacional de Divinópolis, no dia 03 de setembro e a Ensino Superior de Passos (FESP), em 03 de novembro. As três se incorporam às unidades de Campanha, Carangola e Diamantina, que tiveram acordo assinado no fim do ano passado. Com essas absorções a UEMG ocupará o posto de terceira maior universidade pública de Minas Gerais, aumentando o número de cursos de graduação oferecidos de 32 para 112, totalizando 159, com os de pós-graduação. O número de alunos passa de 5.600 para 18.000. A primeira fase desta iniciativa foi realizada em 30 de novembro do ano passado, em Ibirité. Antes da assinatura dos decretos, o reitor da UEMG, professor Dijon Moraes Júnior, demonstrou com projeções os números da Universidade, antes e depois do processo de Estadualização.

Último ato

“Felizmente, chegamos a esse momento. Fico muito feliz porque hoje, de fato, é o meu derradeiro dia como governador do Estado de Minas Gerais. E, como professor universitário, deixei para esta data a assinatura dos decretos que estabelecem os procedimentos para a absorção dessas três fundações. Teremos em 2014 a conclusão desse processo, como determina a lei. Nosso compromisso está cumprido e fico muito feliz em saber que a nossa Uemg, pelos números apresentados, se tornará na terceira maior universidade pública do Estado de Minas Gerais”, disse.

O governador Anastasia destacou que a expansão do ensino público superior era um compromisso histórico do Governo de Minas e ressaltou ainda que a estadualização não significa apenas o processo de gratuidade, mas também “uma grande dimensão de ações acadêmicas e pedagógicas”. Ele acredita que o processo ainda não está todo concluído e que a demanda pela presença da universidade no interior é imensa.

“Ao completarmos esse ciclo, reconhecemos esse compromisso histórico do Governo de Minas Gerais com a Universidade. Sabemos que ao completar um ciclo, neste ano de 2014, não significa que tudo está concluído. Ao contrário, a demanda para a presença da Uemg em Minas Gerais é imensa. Felizmente, porque pressupõe as condições para que o ensino universitário público, gratuito e de qualidade esteja presente em todo nosso Estado”, completou.

A cerimônia foi transmitida em tempo real para o público da Universidade Aberta e Integrada de Minas Gerais (UAITEC) em Divinópolis, Ituiutaba e Passos. O governador Anastasia aproveitou o momento para fazer uma saudação especial “ao querido e eterno reitor da UEMG”, o professor Aluísio Pimenta, presente à solenidade..

Para o secretario, Narcio Rodrigues, de Ciência, Tecnologia e Ensino Superior, independentemente de datas, este passo histórico amplia o horizonte de atuação da UEMG. “Mais do que isso, daremos um salto também para a qualidade do ensino na universidade, assim como a quantidade de alunos que vai saltar para 18 mil”, afirmou.

O secretário ressaltou ainda que a preocupação vai além da ampliação da Universidade e a busca também é por qualidade. “Lutamos para que a UEMG tenha, sobretudo, qualidade, e isso passa fundamentalmente pela valorização dos professores”. O secretário, explicou que está prevista a abertura de um concurso para a UEMG, que vai contemplar as seis fundações.

Ensino de qualidade

Criada em 1989 pela Constituição Mineira, a UEMG funcionava nas cidades de Barbacena, Belo Horizonte, Frutal, João Monlevade, Leopoldina, Poços de Caldas e Ubá. Com a ampliação total da Universidade, conforme determina a Lei 20.807, que autoriza o processo de absorção, a UEMG passa a estar presente em 14 cidades mineiras, oferecendo cursos na modalidade à distância, Especialização, Mestrado e Doutorado.

O reitor da UEMG, professor Dijon de Moraes, destacou os avanços e esforços nos últimos dois anos para que o processo de estadualização fosse encaminhado. Citou ainda o Plano de Carreira da Universidade e a abertura de concurso público para professores, com 590 vagas, além da Rede Mineira de pós-graduação para a qualificação dos professores da universidade. “Esse é um momento histórico para a educação no Estado, e o governo de Minas, por meio da SECTES, não está medindo esforços para que este processo seja concluído”, finaliza.

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rdportari

Jornalista, professor universitário, Dr. em Comunicação

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