Dilma, Aécio, Eduardo Campos… eleições presidenciais
Pouco comento sobre eleições presidenciais aqui, mas acho interessante dar uma olhada no que está acontecendo nacionalmente. Dilma Roussef já antecipou sua campanha para reeleição e se colocou como candidata petista para continuar no poder, dizendo que o país não pode voltar a ser governado por peessedebistas. Por outro lado, começam as movimentações para colocar Aécio Neves no circuito nacional de mídia em busca de fazê-lo conhecido em todo o país.
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Por isso, o PSDB decidiu antecipar do dia 25 para o dia 19 de maio a convenção que vai escolher o senador Aécio Neves (MG) como o novo presidente do partido, em substituição ao deputado Sérgio Guerra (PE). A mudança de data permitirá aos tucanos utilizar imagens da convenção e da eleição de Aécio no programa eleitoral do partido, que deverá ser exibido no final de maio. A ideia é utilizar também as imagens nos 40 comerciais, de 30 segundo cada, que serão veiculados entre os dias 23 e 1º de junho.
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A largada para as campanhas presidenciais foi dada em um ato político em São Paulo, mês passado, no qual o ex-presidente Lula lançou Dilma Rousseff à reeleição, para afastar as especulações de que poderia ser ele o candidato do PT em 2014. Ficou estabelecido também neste ato o adversário preferencial do PT: o PSDB do ex-presidente Fernando Henrique Cardoso e do senador Aécio Neves. Foi neste encontro que se divulgou a cartilha comparando os dez anos de governo petista com a administração de FH, com números como o aumento real do salário mínimo e a queda de taxa básica de juros. E esta será a tônica da caravana de Lula.
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Em nota, o senador Aécio Neves (PSDB-MG), pré-candidato tucano à Presidência, considerou “curiosa” o que chamou de “obsessão” de Dilma pela oposição e recomendou à petista que seria “prudente” deixar o palanque e enfrentar “os reais desafios” do país. Para Aécio, o Brasil, que neste momento “precisa muito mais de uma presidente do que de uma candidata”, assimila com preocupação mais um “pífio resultado da economia” nacional, referindo-se ao PIB de 0,9% ano passado.
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O pré-lançamento da campanha de Aécio não é, no entanto, consensual no PSDB. Tucanos ligados ao ex-governador José Serra, duas vezes derrotado na disputa pela presidência da República (2002 e 2010), criticam a “antecipação” da campanha, um ano e meio antes das eleições de outubro de 2014. “Acho cedo demais. O desgaste é maior que os benefícios com a antecipação da campanha eleitoral”, afirmou o senador Álvaro Dias (PSDB-PR), que foi um dos cotados para ser o vice-presidente na chapa encabeçada por Serra em 2010.
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Já o governador de Pernambuco e presidente nacional do PSB, Eduardo Campos, criticou a presidente Dilma Rousseff (PT) por antecipar o lançamento de sua candidatura à reeleição num momento em que, segundo ele, a petista tem dificuldades para fazer a economia voltar a crescer com vigor.
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Por outro lado, a antecipação da eleição de 2014 para 2013 é considerada estratégica pelo colunista do Globo Merval Pereira. Em sua avaliação, o intuito do governo é “justamente pressionar os aliados a assumir o apoio à reeleição da presidente Dilma sem que tenham mais informações do que acontecerá no governo em 2013”. A missão é tentar agrupar a tropa política antes do tempo, afirma Merval, para assim “dificultar a situação dos eventuais candidatos que só terão viabilidade se conseguirem apoios dentro da própria área governista”.
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Enfim.. é o que temos por enquanto. Resta agora pensar e analisar como vai se desdobrar as campanhas a partir de agora.
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Volto logo mais.