PC descarta atentado criminoso em incêndio de ônibus em Fronteira

Os incêndios que provocaram a destruição de dois ônibus no pátio da Prefeitura de Fronteira foram provenientes, provavelmente, de uma pane elétrica, e não de um atentado criminoso. A informação foi confirmada pelo delegado Bruno Salmen, responsável pela investigação, em conversa hoje com o Blog do Portari. “Logo na noite do acontecido, foi divulgado em redes sociais que o incêndio seria um atentado político, criminoso. Considerando a gravidade da situação, por ser um incêndio dentro de um pátio da prefeitura, fez com que logo pela manhã toda a equipe da polícia civil de Fronteira se deslocasse até ao pátio para iniciar os levantamentos de praxe”, explica.

De acordo com o delegado, imagens do circuito de segurança foram analisadas e foi possível perceber que as chamas se iniciaram em um dos veículos, alastrando para os que estavam próximos. Foi possível verificar quem levou o ônibus para o local, o momento em que foi deixado lá, sendo que a PC também recebeu a informação de que o veículo já estava passando por manutenção devido a problemas elétricos. “Quem levou o ônibus para o pátio foi o eletricista que fazia a manutenção do veículo. Em tese ele saiu da oficina, consertado, e foi levado para o local. Ele foi a última pessoa a estar com o veículo”, acrescenta.

Por volta das 22h28 de domingo inicia-se um curto-circuito na parte da frente do ônibus, provavelmente do painel. “Não houve explosão, alguém ateando fogo, absolutamente nada disso. Foi um curto-circuito na parte da frente do ônibus que, de maneira espaçada, com pequenos curtos, iniciou-se um incêndio que dominou todo o ônibus. Isso foi possível verificar olhando as câmeras. Não há participação de ninguém, não houve movimentação estranha. Simplesmente iniciou-se o fogo de maneira isolada”, explica.

O perito da Polícia Civil também esteve no local e teve o mesmo entendimento do delegado, sem qualquer elemento que indique crime. “Foi imediatamente descartada a possibilidade de incêndio intencional e criminoso. Só não temos condições de concluir de onde iniciou o curto-circuito, porque carbonizou tudo. De toda forma, a hipótese de crime está excluída”.

A partir de agora o delegado aguardo a conclusão do laudo pericial para encerrar o inquérito, o que pode levar até 30 dias.

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rdportari

Jornalista, professor universitário, Dr. em Comunicação

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