Opinião: A tragédia e o cinto de segurança

Rodrigo UnisebA manhã de quarta foi marcada por uma triste notícia no mundo da música sertaneja: a morte prematura do cantor Cristiano Araújo, num acidente na BR-153 no estado e Goiás. A caminhonete em que ele estava capotou na rodovia por volta das 3 da madrugada, quando ele voltava de Itumbiara para Goiânia a fim de dormir em casa e, na quarta a noite, deveria se apresentar em Caruaru, no Pernambuco.
O cantor estava caminhando para o auge de sua carreira depois de muitos anos tentando alcançar o estrelato. E, de repente, a morte choca fãs e outros artistas do meio musical. O que me chama atenção nesse fato é que, apesar de toda segurança do veículo que ele estava, uma caminhonete Range Rover com apenas dois meses de uso, nem ele nem a namorada resistiram aos ferimentos. E o motivo? Falta do cinto de segurança, ao que tudo indica.
A garota que ele namorava foi arremessada para fora do carro. Morreu na hora. Cristiano também teria sido lançado para fora do veículo, sofrendo politraumatismos e já deu entrada no hospital com morte cerebral. Ou seja, já não havia mais o que fazer para salvar a sua vida. Diante de fatos como esse, muita gente se choca, lamenta, fica triste, mas chama muito a atenção ainda a prática de passageiros em não andar de cinto de segurança.
Infelizmente muitas pessoas – condutores e passageiros – só utilizam o cinto para “não tomar multa”. E, cada vez mais e a cada fato novo, temos notícias de que o cinto de segurança é uma peça importante para evitar tragédias como essa. Falo isso por experiência própria. No dia 26 de dezembro de 2013 me envolvi em um acidente onde meu carro também capotou. E olha que não havia nem metade dos itens de segurança no meu veículo se comparado à caminhonete do cantor.
Felizmente, eu e minha esposa estávamos de cinto de segurança. O carro parou com as quatro rodas para cima depois de “pipocar” por umas três ou quatro vezes no asfalto da mesma BR-153, no entanto, no trecho mineiro, bem próximo ao Náutico Clube Fronteira. Não estivéssemos de cinto de segurança, não estaria agora, neste momento, escrevendo. E muito menos desfrutando da companhia de meus filhos.
Lamento a morte do cantor. Solidarizo com a família. Mas, acima de tudo, a lição que fica é cada vez maior: cinto de segurança não é apenas um “acessório” que incomoda. Ele salva vidas. Palavra de quem deve a própria vida ao cinto de segurança.
Um abraço e até a próxima!

rf2015d

 

jarbinhas

Comments

comments

rdportari

Jornalista, professor universitário, Dr. em Comunicação

%d blogueiros gostam disto: