Ministério Público convoca Copasa para dar explicações sobre os estragos ambientais provocados pela empresa em Frutal
Os problemas envolvendo a qualidade dos serviços prestados pela Copasa em Frutal já vem de longa data.
Tanto que ainda em 2015, o Ministério Público ajuizou uma ação civil pública para averiguar o funcionamento do sistema de esgotamento sanitário do município. O serviço constantemente é alvo de queixas e denúncias ambientais por parte da população e de órgãos competentes.
Para constatar se as denúncias eram realmente procedentes, o Ministério Público encomendou junto à Universidade Federal do Triângulo Mineiro um estudo técnico para analisar a qualidade do sistema de escoamento e tratamento de esgoto de Frutal.
E os resultados apontaram que há uma série de irregularidades que estão causando graves problemas sanitários e de saúde e também contribuindo com a destruição do meio ambiente, especialmente com a degradação dos córregos Frutal e Jaó.
Os principais problemas foram encontrados, especialmente, na estação experimental de Tratamento de Esgoto (ETE) localizada na região dos bairros Princesa Isabel e Jardim do Bosque.
Para tentar pôr um fim nesse grave problema que já se arrasta há anos, representantes da Prefeitura de Frutal e da Copasa participaram de uma audiência extrajudicial essa semana com o promotor de justiça Carlos Alberto Valera, coordenador regional das Promotorias Ambientais do Triângulo Mineiro, que cobrou explicações a respeito das inúmeras irregularidades apontados pelo estudo realizado pela UFTM.
A Copasa tem um prazo de 45 dias para responder os questionamentos feitos pelo promotor e buscar soluções para otimizar a qualidade dos serviços prestados na cidade e amenizar os impactos ambientais provocadas pela empresa em diversos pontos da cidade.
Já o município de Frutal se comprometeu a intensificar a fiscalização dos imóveis que lançam as águas pluviais na rede de esgoto, o que é proibido por lei.