Ministério da Saúde aponta fraude no programa Farmácia Popular em drogaria de Frutal
Deu no Diário da Região: Auditorias do Ministério da Saúde descobriram uma farra milionária no programa Farmácia Popular na região de Rio Preto. Somado, o desvio de dinheiro público chega a R$ 1,2 milhão. Até pessoas já mortas foram utilizadas pelos estabelecimentos para fraudar o programa. Com base em denúncias e suspeitas de irregularidades, o Departamento de Auditoria do SUS (Denasus) iniciou no ano passado um pente-fino em 29 farmácias da região.
Mas a fraude que mais chama a atenção nos relatórios do Denasus obtidos pelo Diário foram pedidos de reembolso enviados pelas farmácias em nome de pessoas já falecidas. As auditorias encontraram 16 casos assim, envolvendo os nomes de 61 mortos. É o caso da aposentada rio-pretense Zulmira Crovador Casquer, que morreu no dia 23 de março de 2012, aos 85 anos, de parada cardíaca. Uma semana depois, dia 28, a Pharma Pop, farmácia do bairro Santa Cruz, em Rio Preto, encaminhou ao ministério dados de uma compra, feita supostamente naquele dia, de dois remédios, no valor total de R$ 50.
Das 29 farmácias inscritas no Farmácia Popular e auditadas pelo Ministério da Saúde, um terço delas, 11 no total, fez pedidos em nome de 29 de seus próprios funcionários. Muitos sem receita médica, exigência do programa. Somente a drogaria Dona Juliana, em Frutal (MG), vendeu R$ 2,5 mil em remédios para seus empregados, segundo o Departamento de Auditoria do SUS (Denasus). A farmácia foi o estabelecimento com o maior número de irregulardades encontradas pelo órgão.
O proprietário da drogaria Dona Juliana, na cidade mineira, não foi localizado pela reportagem na última sexta-feira. A advogada Valéria Cristina Barbosa Pacheco, que defende a farmácia na auditoria do Denasus, não quis comentar o caso.
Fonte: http://www.diarioweb.com.br/novoportal/Noticias/Cidades/219442,,Fraude+com+dinheiro+publico+paga+remedio+ate+para+morto+e+fantasma.aspx
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