Menino de 11 anos fere colega com canivete e alega que sofria bullying

Estudante de 11 anos desferiu nove golpes de canivete em sua colega de sala de aula, uma estudante, também de 11, na Escola Sesi “Alberto Martins Fontoura Borges” de Uberaba, na rua Durval Dias Abreu, bairro Frei Eugênio, por volta das 10h de ontem. O menino confessa que saiu de casa com o canivete do pai e que a intenção era matar a colega. Também alegou que vinha sendo vítima de “bullying”, sendo chamado de “veadinho”, “gayzão”. A menina nega qualquer tipo de “bullying” e afirma que foi pega de surpresa.
Ela foi levada para o pronto atendimento do Hospital São Domingos e o menino foi entregue aos pais. A direção da escola, através de nota à imprensa, informou que deu total assistência aos alunos e acionou a Polícia Militar e os pais dos envolvidos.
De acordo com o que apurou a reportagem do Jornal da Manhã, o porteiro da escola, de 54 anos, relatou que estava próximo da portaria, no horário de recreio, quando percebeu uma grande aglomeração dos alunos. Achando se tratar de uma briga, ele pulou uma grade que dá acesso ao pátio e se aproximou da confusão, afirmou.
Ainda de acordo com o porteiro, ele visualizou o aluno com um pequeno canivete na mão, bastante nervoso, exaltado e chorando. Ele fazia alguns movimentos com o canivete. O porteiro conseguiu desarmar o estudante.
O porteiro também relata que, de imediato, visualizou a aluna caída no chão com um pouco de sangramento e solicitou apoio aos demais funcionários da escola. Ela foi levada para o Hospital São Domingos enquanto e o estudante foi colocado em uma sala com a coordenadora pedagógica da escola.
Na presença da mãe, uma professora, de 43 anos; policiais militares e representantes da escola, o menino relatou que apanhou um pequeno canivete que se encontrava na cômoda do seu pai e levou para a escola com a intenção de matar a colega de sala.
Ele alegou também que vem sofrendo “bullying” há vários meses pela colega, que sempre que o vê o chama de “veadinho”, “gayzão”. Disse, ainda, que ela o agride fisicamente com chutes e beliscões.
O menino explicou que, na manhã dessa quarta-feira, durante o recreio, a menina o teria chamado, mais uma vez, de “gayzão”. Ele afirma que ficou transtornado, apanhou o pequeno canivete que estava em sua posse e disse à vítima que iria matá-la.
Em seguida, desferiu vários golpes com o canivete nos braços e pernas da colega. O estudante afirmou ainda para todos que estavam na sala que está arrependido do que fez.
A direção da escola disse que irá verificar nos seus históricos escolares sobre as queixas de “bullying” relatados pelo menino e, também, sobre alguma outra queixa que envolva a menina, vítima dos golpes de canivete.
Policiais militares da 41ª Companhia foram até o Hospital São Domingos e, também na presença dos pais e da diretora da escola, ouviram a menina. Ela disse que após a atividade recreativa em que seu time saiu vencedor, encontrava-se alimentando, quando, inesperadamente, foi atacada pelo colega.
Ainda segundo a menina, em nenhum momento menosprezou o colega e que não se senta perto dele na sala de aula.
O médico emitiu laudo onde consta que atendeu a menina e informou que ela está bem fisicamente e psicologicamente. Chegou ao hospital sem sangramento ativo e que foi submetida a curativos.
Ainda segundo o laudo médico, a criança foi tocada em nove pontos pelo corpo, tendo lesões corto-contusas superficiais múltiplas de, aproximadamente, um centímetro, localizadas na perna esquerda, no antebraço esquerdo, braço esquerdo, face posterior do braço esquerdo, andar superior do abdome, dorso à direita.
No documento médico consta que a menina não apresenta perfurações de cavidades torácicas ou abdominais, sendo todos os ferimentos superficiais. Ela foi liberada em seguida para os pais.
O estudante, por se tratar de uma criança (com menos de 12 anos), não foi levado para a Delegacia de Polícia Civil. Ele foi liberado também para os pais.

Fonte: https://jmonline.com.br/novo/?noticias,5,POL%C3%8DCIA,225041

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rdportari

Jornalista, professor universitário, Dr. em Comunicação

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