Jogo da Baleia Azul: o que é e um alerta para os pais de adolescentes

Tenho acompanhado nos últimos dias diversas reportagens sobre o “Jogo da Baleia Azul”, uma espécie de disputa bizarra em que os participantes são obrigados a cumprir 50 desafios, como se mutilar, ver filmes de terror por horas seguidas e, ao fim, cometer suicídio. A preocupação, ao que parece, é válida. Vários relatos de jovens participantes do jogo que chegaram ao extremo, inclusive, em Minas Gerais.

Fica aqui o alerta aos pais e uma descrição sobre esse “jogo” feita pelo Portal G1:

No jogo, que é disputado pelas redes sociais, um grupo de organizadores, chamados “curadores”, propõe 50 desafios macabros aos adolescentes, e um deles é que o participante se corte. Outros estão relacionados a fotos assistindo a filmes de terror e ficar doente. A última missão é cometer suicídio.

O jogo ganhou visibilidade e vem se alastrando pelo mundo. Em alguns países, como Inglaterra, França e Romênia, as escolas têm feito alertas às famílias, depois que adolescentes apareceram com cortes nos braços, queimaduras e outros sinais de mutilação. As informações são do blog de Andrea Ramal no G1.

O fenômeno começou na Rússia, mas está se espalhando – inclusive no Brasil, como sugerem o caso da jovem de 16 anos morta no Mato Grosso e uma investigação policial em andamento na Paraíba. Na Rússia, em 2015, uma jovem de 15 anos se jogou do alto de um edifício; dias depois, uma adolescente de 14 anos se atirou na frente de um trem. Depois de investigar a causa destes e outros suicídios cometidos por jovens, a polícia ligou os fatos a um grupo que participava de um desafio com 50 missões, sendo a última delas acabar com a própria vida.

A preocupação aumentou ano passado, quando fontes diversas chegaram a divulgar, sem confirmação, 130 suicídios supostamente vinculados a comunidades online identificadas como “grupos da morte”.

Jogos com apelos de riscos letais têm virado moda entre os adolescentes. Um exemplo é o jogo da asfixia, que gerou vítimas no Brasil. Outro é o “desafio do sal e gelo”, no qual, para serem aceitos no grupo, os adolescentes devem queimar a pele e compartilhar as imagens nas redes sociais. Embora exista há anos, o desafio voltou com força recentemente. Sem falar no “Jogo da Fada”, que incita crianças o gás do fogão de madrugada, enquanto os pais dormem.

As recomendações para as famílias são: monitorar o uso da internet, frequentar as redes sociais dos filhos, observar comportamentos estranhos e, sobretudo, conversar e conscientizar os adolescentes a respeito das consequências de práticas que nada têm de brincadeira. Atenção redobrada com os jovens que apresentem tendência a depressão, pois eles costumam ser especialmente atraídos por jogos como o da Baleia Azul. Também as escolas devem colocar o assunto em pauta e incorporar no currículo, cada vez mais, a educação para a valorização da vida, o respeito pela vida dos outros e o uso consciente das mídias e tecnologias.

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rdportari

Jornalista, professor universitário, Dr. em Comunicação

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