Furto de fios de cobre provoca interrupção da oferta de serviços públicos, causa transtornos e gera prejuízo para a população 

O furto de cabos de cobre é um crime que tem gerado grande número de ocorrências na Região Metropolitana de Belo Horizonte (RMBH) e causado transtornos para as empresas públicas que ofertam serviços essenciais à sociedade, como a Cemig e a Copasa, e, principalmente, para a população. Nos últimos meses, por exemplo, ações criminosas desta natureza provocaram a interrupção da energia, colocando em perigo centenas de pessoas em hospitais da cidade e deixando sem água consumidores de algumas regiões.  
O técnico da Rede Subterrânea da Cemig, Felipe Martins, explica que, além dos prejuízos financeiros causados à empresa por esse tipo de ação criminosa, a maior preocupação da Companhia é com os riscos que atitudes como essas podem ocasionar às pessoas. “Só nos últimos três anos, entre 2019 e 2021, a Cemig teve cerca de 20 Km de cabos de cobre da sua rede subterrânea furtados no hipercentro de Belo Horizonte, ocasionando um prejuízo financeiro estimado, aproximadamente, em R$3,3 milhões. Neste ano, até a primeira quinzena de março, já somávamos quase 2Km de cabos furtados e um prejuízo de R$100 mil aproximadamente. No entanto, o que mais nos preocupa é a segurança da população. O furto de cabos pode deixar hospitais sem luz, trânsito sem sinalização e comércios sem poder funcionar, por exemplo, prejudicando a todos”, ressaltou.
Além dos transtornos causados pelas ocorrências no sistema elétrico, o furto de fios de cobre pode causar acidentes graves, provocando ferimentos irreversíveis como amputações de membros ou, até mesmo, levar a morte. A rede de média tensão subterrânea da Cemig trabalha com mais de 13 mil volts e a de responsabilidade do cliente com até 220 volts.  “Essas tensões são elevadas e as pessoas que se arriscam neste tipo de crime podem sofrer um choque elétrico muito forte e morrer. Eles não utilizam equipamentos de segurança e o conhecimento que eles possuem do sistema elétrico é rudimentar ou inexistente. Assim, não é difícil imaginar que essa pessoa vai sofrer um acidente grave mais cedo ou mais tarde”, explica o gerente de Saúde e Segurança do Trabalho da Cemig, João José Magalhães Soares.    

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rdportari

Jornalista, professor universitário, Dr. em Comunicação

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