E já são 365 dias falando de COVID-19 no Brasil
Ontem, dia 26 de fevereiro, completamos 1 ano do primeiro caso de COVID-19 confirmado no Brasil Àquele momento e, depois de ter acompanhado o drama da Itália e da China, queria acreditar que nosso país já teria se preparado efetivamente para minimizar a chegada do vírus. Foram quase 90 dias de prazo para se organizar, pensar na melhor e na pior das hipóteses e, com isso, tentar dar segurança sanitária a todos nós, brasileiros.
Passados 365 dias, o que vimos? Desencontros, Fake News, tentativa de desacreditar vacinas, ironias e um número de mortes diárias que vai subindo dia após dia. E, desculpem-me, não há matemática comparativa de tamanho de população entre os países que dá conforto a mim. Só de COVID já chegamos, nessa semana, a ter mais de 1.500 mortos em um único dia.
Ah, mas na Alemanha, na Espanha, na Itália… é fácil tecer essas comparações quando se está seguro, sem perder ninguém da família ou alguém próximo. Para as mais de 1000 famílias que perdem um parente por dia, a Europa é problema da Europa e, a falta de ações efetivas ao longo de 1 ano, é problema nosso.
Passar esse período todo nesse estado de alerta e, sabendo que no próximo dia 20 de março chegaremos ao primeiro ano de Frutal nas medidas de restrição, tem sido um teste e tanto para todos.
Comerciantes, trabalhadores, médicos, crianças, jovens, idosos, adultos… todos praticamente estão já em situação lamentável. E mais lamentável ainda é a perspectiva de que até 2022 ou 2023, não teremos grandes avanços. Aliás, pode ser até que piore a situação com as novas cepas do vírus em circulação.
Finalizando esse pequeno desabafo de 1 ano de pandemia no Brasil, a conclusão a que posso chegar é: não aprendemos nada. Absolutamente nada. Caso contrário, a passividade não teria lugar no coração da maior parte da população brasileira.
Bom final de semana a todos. Se cuidem. Se puder, fique em casa.
