Divino: um cantinho de MG bem longe de Frutal

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Uma viagem de aproximadamente 1 mil quilômetros. E isso sem sair do estado de Minas Gerais. Essa é a distância que separa Frutal de cidades como Divino e Carangola, localizadas bem próximas à divisa com Espírito Santo e Rio de Janeiro. Possivelmente duas cidades que não fazem parte da nossa conversa do dia a dia em nossa cidade mas que estão aqui e tem seus encantos.

Superada a dificuldade inicial da distância (e aeroporto aqui por perto, só em Vitória-ES a aproximadamente 280 quilômetros), vencendo o cansaço da viagem e deixando de lado qualquer mau humor por passar tanto tempo no trecho, a região apresenta características bem diferentes da nossa. Localizada na zona de Mata Atlântica (ou o que restou dela), ao passar por Belo Horizonte e João Monlevade e começar a “rumar” para a região, já é possível perceber as mudanças de clima e relevo.

2511divinoAqui, predominam os morros. O clima é mais ameno e vastas plantações de café na encosta dos morros se desenham por vários quilômetros. Onde não há café, há gado. Se comparado ao nosso, um gado mais “cansado”, mais magro e não raro vemos cabeças de gado deitadas no meio dos caminhos nas montanhas, provavelmente descansando da labuta que é pastar morro acima, morro abaixo. Um detalhe que chama a atenção para quem vem pela primeira vez para essas bandas, como foi meu caso, são as cores das inúmeras casas que existem entre uma propriedade rural e outra.

São casas com cores vivas: amarelo, vermelho, rosa, azul, verde, mas todos bem chamativos, quase fluorescentes. Confesso que não sei a razão da escolha dessas cores, mas o contraste com as folhas verdes escuras das plantações de café é muito bonito.

A cidade de Divino, ponto da nossa primeira parada, é relativamente pequena. Tem pouco mais de 19 mil habitantes, 76 anos de emancipação política e o prefeito também chama Mauri (PT). A zona urbana se limita a um comércio interessante: vende-se de tudo ao mesmo tempo, como celulares e papelaria, armarinhos e comida, entre outras coisas. A praça central, onde está localizada uma igreja construída em 1823, é bonita, bem arrumada, assim como a capela.

Já o restante da cidade é bem típico do interior mineiro. Não muito movimentada, não muito parada. Mas na “toada” certa da vida pacata de cidades pequenas. Talvez, por aqui, o tempo passe mais lento do que em Frutal. Isso pela simplicidade do povo e pelo pouco de convivência que já tive por aqui. De todas as formas, vale a pena conhecer esse cantinho de Minas Gerais que fica longe ,muito longe de Frutal (com esse tanto de hora de estrada saímos de São Paulo e chegamos à Coréia do Sul de avião). Mas os encantos da beleza natural, cachoeiras e a vida pacata, podem surpreender quem busca um pouco de tranquilidade.

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rdportari

Jornalista, professor universitário, Dr. em Comunicação

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