Desdobramentos do caso envolvendo universitário de Aparecida de Minas em crime no MS
Na noite sexta-feira a Polícia Civil de Chapadão do Sul e peritos do IML (Instituto Médico Legal) de Paranaíba fizeram a reconstituição dos momentos que antecederam a execução de Ellian Sanches (16), ocorrida no dia 4 de fevereiro, nas imediações da torre de transmissão da Rádio Cultura, logo após o assalto à mão armada à Farmácia São Bento. Os três suspeitos presos (o acadêmico de agronomia Alexandre Silva Ribeiro / Bruno Bottezel / e um menor) participaram individualmente da reconstituição que os colocou novamente na cena do bárbaro crime. As três versões já eram conhecidas da Polícia e o menor confessou que foi ele e Bruno os autores dos golpes no crânio de Ellian. F disse que aplicar o ataque de misericórdia .
Enquanto os policiais levavam individualmente os suspeitos para reconstituir a cena do crime os peritos do IML confirmaram a localização de gotículas de sangue humano atrás do banco do passageiro e no bagageiro do carro do acadêmico Alexandre Silva Ribeiro. Estes são os locais onde as barras de ferro foram colocadas após serem usadas para macetar a cabeça de Ellian. Deixaram pistas preciosas que serão confirmadas por exame de DNA.
Segundo o delegado Danilo Mansur a polícia conseguiu avançar na investigação porque já tem a confirmação da presença de sangue humano nas duas barras de ferro usadas para matar o menino em dois pontos distintos do carro de Alexandre Silva Ribeiro. Nesta segunda-feira serão feitos os últimos interrogatórios para fechar o inquérito que será encaminhado ao Ministério Público antes da chegada do teste de DNA do sangue que – provavelmente – será de Ellian. A confissão de F também está sendo analisada como esclarecedora.
VERSÕES DA RECONSTITUIÇÃO
O acadêmico Alexandre Silva Ribeiro / Bruno Bottezel / e dois menores, entre eles Ellian que acabou assassinado eram os integrantes da quadrilha que promoveu uma onda de assaltos a estabelecimentos comerciais em Chapadão do Sul. No último deles – Farmácia São Bento – o ladrão foi perseguido por um policial de folga e as coisas começaram a escapar do controle. Na fuga ele perdeu R$ 390,00 dos R$ 600,00 roubados do caixa irritando os demais, o que acabou motivando a execução.
FUGA E MORTE – O menor (F) que integrava a quadrilha e acompanhou a execução disse que enquanto o comparsa estava dentro da Farmácia praticando o assalto Bruno teria proposto a aplicação de uma surra (corretivo) no parceiro porque ele teria “vacilado” na divisão do dinheiro nos quatro assaltos praticados um dia antes. Quando Ellian finalmente chegou no carro com o policial no encalço o veículo estava em movimento e ele quase ficou para trás. O Gol estava nas proximidades do prédio da secretaria de Esportes, na frente do muro de uma loja maçônica era conduzido pelo acadêmico.
EXECUÇÃO SUMÁRIA – Seguiram pela rua Cinco até chegarem nas imediações da torre de transmissão da Rádio Cultura onde os dois menores desceram e se esconderam no mato. Bruno e Alexandre voltaram logo a seguir para dar continuidade aos assuntos relacionados com o assalto a Farmácia São Bento, entre eles punir Ellian. Segundo a versão do menor o acadêmico não participou e ficou no carro enquanto Bruno descia com duas barras de ferro na mão, alcançando uma para F. Aplicou três golpes na cabeça da vítima e depois deu lugar para F dar mais dois (de misericórdia).
DINHEIRO NA CUECA – Antes do corpo ser jogado num matagal alto, de difícil acesso Bruno teria baixado as calças de Ellian para pegar parte do dinheiro do roubo à farmácia escondidos na cueca do menino. Este fato coincide com as informações detectadas pelos peritos. A versão do acadêmico confere com a de F até a chegada ao local com as barras de ferro porque ele não teria descido do carro. Já Bruno segue negando a participação. Foi ele quem ligou para o irmão da vítima informando onde estava o cadáver do jovem assassinado no final da noite de sábado.
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