Caso Omissão de Socorro: relatório do hospital questiona conduta de médica

O jornalista Samir Alouan divulgou na manhã de hoje, na Rádio 97FM, informações sobre o posicionamento do médico do hospital Frei Gabriel que foi alvo de uma denúncia de omissão de socorro por uma médica do município de Fronteira. De acordo com informações apuradas por Alouan, ele fez contato com o médico que preferiu, nesse momento, não gravar entrevista sobre o caso. No entanto, há um relatório de intercorrência que relata o que teria ocorrido na noite do dia 4 de abril, dia em que foi registrada a ocorrência de omissão de socorro.

De acordo com o relatório divulgado na Rádio 97FM, a médica teria se deslocado de Fronteira para o hospital Frei Gabriel com o paciente, vítima de picada de cobra, mesmo sabendo que o paciente ainda não estava inserido no sistema SUS Fácil e sem vaga liberada pela “regulação” do sistema.

Além disso, consta no relatório, que não teria sido feito um repasse do caso de médico para médico, relatando o estado de saúde do paciente. O paciente foi transportado pela UTI Móvel de Fronteira até Frutal mesmo sabendo que a vaga não teria sido liberada até aquele momento, tomando a decisão por conta própria e alegando que seria obrigação do hospital aceitar o paciente.

A equipe do hospital teria advertido que a conduta estaria errada e contrariando as regras do SUS Fácil, e que o paciente só poderia ser encaminhado após a liberação da vaga. Consta ainda no relatório que não havia pedido de “vaga zero”, ou seja, de urgência. A médica teria sido advertida que a Polícia Militar seria acionada para registrar os fatos, mas que não seria negado o atendimento ao paciente. Conforme o relatório, a médica teria dito que se deslocaria para Uberaba com o paciente, mesmo sabendo que não havia vaga liberada também.

Posteriormente a equipe do hospital teria sido informada que o paciente voltou para Fronteira e que o laudo médico do SUS Fácil havia sido cancelado pela médica, com justificativa de evasão de paciente e, conforme o sistema, ficou registrado que os familiares teriam se responsabilizado pelo transporte do paciente para atendimento médico.

Conforme o relatório, ainda, no momento em que o paciente esteve em Frutal ele estava com quadro de saúde diferente de quando retornou a Fronteira, momento em que foi pedida a “vaga zero”.

Posteriormente o paciente foi transportado para um ponto de apoio da Triunfo Concebra e, posteriormente, foi atendido e medicado em São José do Rio Preto (SP).

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rdportari

Jornalista, professor universitário, Dr. em Comunicação

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