Câncer de pele não melanoma afeta 180 mil pessoas em três anos

A prevenção ao câncer de pele não melanoma deve começar desde a infância. “Assim como adotamos a prática do uso do álcool em gel durante a pandemia, precisamos fazer o mesmo com o uso do protetor solar desde criança”, incentiva o oncologista Ramon Andrade de Mello, professor da disciplina de oncologia clínica da Unifesp (Universidade Federal de São Paulo), da Uninove e da Escola de Medicina da Universidade do Algarve (Portugal).

Em 2020, apenas o Estado de São Paulo deve registrar 40.220 novos casos, segundo dados do Inca (Instituto Nacional do Câncer). No triênio 2020-2022, o órgão estima 83.770 novos casos em homens e de 93.160 em mulheres.

A Sociedade Americana de Câncer aponta que o principal fator para o câncer de pele é a exposição prolongada ao sol principalmente na infância e adolescência. “O câncer de pele não melanoma é o mais frequente na população brasileira e representa 30% de todos os tumores”, alerta o pesquisador da Unifesp.

Segundo dados da Sociedade Brasileira de Dermatologia, mais de 60% dos brasileiros não usam nenhum tipo de proteção no cotidiano. “Os cuidados básicos podem ajudar a prevenir a doença. Uso de protetor solar, barreiras mecânicas como bonés, chapéus, óculos escuros, entre outros, são essenciais para reduzir a exposição ao sol”, orienta Mello.

O oncologista lembra ainda a importância do diagnóstico precoce: “Para qualquer tipo de tumor cancerígeno, quanto mais cedo diagnosticado, melhores serão os resultados do tratamento”. Por isso, o médico recomenda atenção redobrada para dois importantes sintomas: manchas de pele que coçam, ardem, descamam ou sangram; e feridas de difícil cicatrização em até quatro semanas.

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rdportari

Jornalista, professor universitário, Dr. em Comunicação

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