Após acidente grave na BR-153, usuário desabafa sobre serviço de socorro de concessionária

IMG-20160807-WA0046_resizedUm grave acidente ontem na BR-153 fez cinco vítimas, duas delas graves. O fato ocorreu por volta das 9h. quando, conforme informações, o motorista de um GM Omega saiu para ultrapassar na faixa contínua e colidiu de frente com um Sonata que seguia no sentido Prata-Frutal. No Sonata estavam quatro pessoas, sendo que duas delas, Carlos André Ribeiro(advogado em Frutal) e Wilma, mãe de Carlos, estão internados na UTI em Uberlândia.

A gravidade da batida foi tamanha que o motor e a caixa de câmbio do Omega chegou a ser arremessados a cerca de 50 metros do local do impacto. Apesar da gravidade do acidente provocado pela irresponsabilidade de um motorista, outro fato chamou a atenção nesse caso, conforme relata a testemunha Pablo Vasconcelos, que chegou ao local do acidente poucos minutos após o ocorrido e descobriu que no Sonata havia conhecidos e uma madrinha de sua esposa. Confira o relato:

“No local não há sinal de celular. Os caminhoneiros foram solícitos e disseram que iam seguir um pouco em frente até que conseguissem acionar o socorro da concessionária Triunfo. Enquanto isso, nós ficamos no local esperando o socorro e a polícia e sinalizando para evitar outros acidentes. Assim que o pessoal da Triunfo chegou, em uma ambulância, foi assustador. Os socorristas não tinham nenhum preparo para lidar com essa situação, apenas uma mulher sabia o que fazia. As outras duas não sabiam, pegavam as vítimas de qualquer jeito, estava um perigo, muito grande.

Passou um tempo chegou outra ambulância com um médico. Eles eram atenciosos, carinhosos, mas senti que estavam despreparados. Eles quase deixaram as vítimas caírem no chão. Eu, minha esposa e outras pessoas tivemos que ajudar eles. Além disso, havia duas ambulâncias, que daria para socorrer quatro pessoas, mas eram cinco vítimas. A PRF chegou após um tempo e já por volta das 11h. da manhã a situação era essa: não tinha três ambulâncias para levar todos os feridos. O Carlos teve fratura exposta na perna e os outros todos sofreram um impacto muito violento. No final das contas, era 11h30, a dona Wilma, mãe do Carlos, estava deitada no chão, numa maca, no sol, a gente tampando o sol para fazer sombra, os carros passavam jogando estilhaços em nós, e não tinha uma ambulância sequer para socorrê-la. Só por volta das 11h40 uma ambulância veio do Prata para poder socorrer a dona Wilma. Quando chegamos no Prata, depois de muita conversa é que a Triunfo liberou uma UTI para levar dois pacientes para Uberlândia. Lá em Uberlândia o motorista da Triunfo se perdeu e demorou mais de uma hora para chegar ao Madre Cor em Uberlândia.

Enfim, com tudo isso, se tivesse mais uma vítima nesse acidente também não teria mais ambulâncias. É um descaso com o usuário e um absurdo sem tamanho. A minha revolta com a Triunfo é a falta de responsabilidade. O pessoal quer ajudar, mas não tem técnica, não tem segurança no que faz”.

 

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rdportari

Jornalista, professor universitário, Dr. em Comunicação

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