A história da rádio em Frutal – Parte IV (Nova fase)
Confira a quarta e última parte da trajetória da Rádio Frutal AM, idealizada por Jose Buzolo em 1963. Toda essa série é o resultado de uma compilação de pesquisa feita pela jornalista Zilma de Oliveira e orientada por mim, Rodrigo Portari. Boa leitura!
A partir deste ponto faz-se necessário traçar um roteiro sobre as transformações que a emissora Sociedade Rádio Frutal Ltda sofreu a partir da aquisição de novos proprietários, isso no final da década de 80. É importante ressaltar que dentre os programas até então existentes, o jornalismo praticamente manteve o mesmo perfil, isso porque os novos donos entendiam que pelo fato de ter uma excelente audiência, não havia porque modificar o que estava dando certo. A parte jornalística da emissora tomava grande parte da programação e os informativos de hora em hora, bastante objetivos, foram mantidos. Em relação à programação musical, coube a cada nova direção definir o perfil que desejava de acordo com a realidade à época e com o desejo dos ouvintes da cidade e da zona rural, sendo esse último, a maioria. Como se nota, as mudanças que se seguiram a partir de 1989 foram importantes para traçar o modelo de rádio AM em Frutal na década de 90, que se seguiram no novo milênio e persistem até hoje. As primeiras transformações na Sociedade Frutal começaram a ser notadas nos primeiros meses sob a nova administração do empresário e engenheiro civil, Romero Alcides Silva Brito, que adquiriu a emissora de José Buzollo no ano de 1988. Como ele já tinha a concessão da FM que mais tarde veio se tornar a Centenário FM, não foi difícil investir no novo empreendimento que passou a ser um ideal de vida do frutalense que atualmente é proprietário da emissora 97 FM e do Jornal Pontal. A Sociedade Rádio Frutal ficou sob o comando de Romero de janeiro de 1989 até o final de 1997. Nesse período, foram implantadas algumas inovações na programação da emissora com a preocupação de não alterar muito o estilo da grade até então adotada por José Buzollo, principalmente no que diz respeito à programação musical sertaneja, já que os ouvintes em sua maioria eram pessoas do campo e com idade entre 60 e 65 anos. Após a gestão de Romero Brito a rádio foi vendida para o jornalista Odair de Moura e Silva. Ao contar um pouco da história da Sociedade Rádio Frutal Ltda, Odair Moura, lembra exatamente o dia em que empresa de comunicação foi adquirida em sociedade com a esposa Roselaine Guimarães Moura e Silva, do até então diretorproprietário Romero Brito: 09 de fevereiro de 1997. O processo de aquisição foi simples, segundo Odair: “Eu procurava uma emissora para comprar na região, um amigo na época fez a intermediação como corretor e o negócio foi fechado”, (MOURA, 2010). A sociedade foi mantida até 2004, quando passou a fazer parte do grupo o amigo radialista de Barretos, Paulo Roberto Moi. Juntos, Odair e o novo sócio “tocaram” a rádio AM até 2006. A parceria se desfez quando foram vendidas 100% das cotas aos jornalistas Catarinenses David Rangel que pouco tempo permaneceram com a emissora vendendo-a logo depois para um Grupo Evangélico de São Paulo. Nos últimos meses a rádio tem passado por novas transformações. Além da transferência do local de sua torre, atualmente a emissora, nos momentos em que está no ar, limita-se a retransmitir a rádio Jovem Pan, de São Paulo, o que, aos poucos, vai marcando o final de suas atividades como primeiro órgão de comunicação radiofônico do município.
Atualização: O artigo original termina na frase acima. No entanto, hoje, a Rádio Frutal AM voltou ao ar e está transmitindo programação normalmente, ainda nos seus 1480khz.
Para quem quiser ter acesso ao artigo completo apresentado em Congresso, basta clicar aqui.