Menina de 6 anos tem cabelo preso por ralo de piscina em Rio Preto

Uma criança de 6 anos passou por apuros ao ter os cabelos puxados pelo ralo da piscina na casa dos pais, no bairro São Miguel, em Rio Preto. A menina chegou a desmaiar e foi salva pelo pai, que pulou na piscina e conseguiu resgatar a filha.
Os pais acreditam que a filha tenha ficado três minutos debaixo d’água. A própria mãe, Juliana de Souza Cardoso, de 36 anos, que é técnica em enfermagem, fez os primeiros socorros. Outro fator que ajudou a menina a sair com vida, segundo os pais, é o fato de ela estar acostumada a mergulhar.

“O que salvou minha filha foi o treinamento que ela recebe na escolinha de natação, onde aprendeu a prender respiração por muito tempo debaixo d’água. Outra criança talvez não teria suportado”, diz a mãe. A piscina tem 1,4 metro de profundidade e seis metros de comprimento. O pai, o técnico em eletrônica César Aparecido Palmieri, 52 anos, diz ter vivido momentos de tensão. “Eu e minha esposa estranhamos quando a cascata da piscina parou de fazer barulho. Quando fomos ver, a minha filha estava desacordada no fundo, com o cabelo preso no ralo. Entramos em desespero”, diz o pai.

Rapidamente, enquanto a mãe foi desligar o motor da bomba hidráulica, o pai entrou na piscina para retirar a criança. “Quando vi que ela estava quase roxa, iniciei os primeiros socorros. Graças a Deus, ela voltou a ter consciência”, diz a mãe da criança. Segundo os pais da menina, que registraram um boletim de ocorrência, quando compraram a piscina, há 15 meses, fizeram questão de perguntar na loja se havia risco de a bomba de sucção prender os cabelos das pessoas e causar afogamento, o que foi negado. Na ocasião, o vendedor garantiu que não havia risco.

Depois de socorrer a filha, o casal levou a menina até o Hospital de Base, onde passou por atendimento pediátrico e depois foi liberada. O acidente aconteceu na tarde de quinta-feira, dia 24, na piscina, mas mesmo recuperada, a menina evitou chegar perto da piscina. O pai da menina pretende acionar na Justiça a empresa que vendeu a piscina. “Não é só para receber algum tipo de indenização. O que é preciso é pressionar as empresas a terem mais responsabilidade e cuidado para vender o produto com mais segurança. Nós conseguimos socorrer nossa filha em tempo, mas se acontece pior, não há dinheiro que possa ressarcir o valor da vida”, diz o pai. Por enquanto, a família vai manter a piscina interditada enquanto busca meios para deixá-la mais segurança para filha.

Prevenção

O sargento Edson Luís dos Santos, do Corpo de Bombeiros de Rio Preto, recomenda mudança no motor da bomba hidráulica para evitar acidentes. “Precisa reduzir a potência ou até desligar a bomba hidráulica quando tiver crianças nas piscina. Para prevenir mesmo, o ideal é sempre manter um adulto perto das crianças para ficar de olho e pedir para elas usarem tocas de natação”, aconselha o tenente.

Fonte: Diário da Região

 

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rdportari

Jornalista, professor universitário, Dr. em Comunicação

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