Os protestos, a política e a politicagem

0312promocao2Frutal tem vivido nos últimos dias uma intensa discussão a respeito dos protestos de moradores à porta da Promoção Humana. Muitos estão reclamando de que houve mudanças na lista inicial de contemplados com casas no Residencial Francisco Moron e, a partir daí, toda uma celeuma que todos nós já estamos a par tem acontecido na cidade. No entanto, ontem, o prefeito Mauri Alves usou uma expressão que me vejo obrigado a concordar com ele: parte dos protestos faz parte de uma “politicagem” de futuros candidatos a prefeito de Frutal.

A suspeita de Mauri é a mesma minha desde o primeiro dia do evento. Amigos jornalistas que estiveram fotografando os protestos à porta da Promoção Humana relataram que uma pessoa muito intimamente ligada à ex-prefeita estaria por lá distribuindo panfletos onde constava o “compromisso” de campanha de Mauri. Ok, todo mundo é livre para ir e vir onde bem entender, mas o fato de colocar diversas cópias debaixo do braço para ir distribuir a quem está protestando me cheira uma estratégia já de olho nas eleições 2016.

É claro que há aqueles que estão protestando por, de fato, estarem insatisfeitos. Mas, por detrás de alguns (talvez mais exaltados), pode haver sim interesses políticos em minar cada vez mais a gestão de Mauri em torno da imagem da “madrinha” ou “mãe dos pobres” de Frutal. Nós, que aqui estamos, temos a obrigação de refletir e ponderar sobre esse jogo. Todos sabemos que o processo eleitoral do ano que vem caminha a passos largos nessa altura do campeonato.

Atualmente não tenho ficado a par das movimentações em torno de Ciça, mas o que se ouve daqui e dali é que ela estaria com um grupo político reduzido em seu entorno. Apesar de ter apresentado, no começo desse semestre, índices favoráveis à sua volta a Prefeitura, a caminhada de uma eleição não se faz sozinha ou com apenas meia dúzia de apoiadores. O jogo é duro e cada um vai suar as armas que tem para tentar vencer. Mas, no caso da ex-prefeita, considerando que ela esteve 8 anos como mandatária maior, somando outros quatro anos de seu marido Zanto e outros quatro anos em que foi secretária do ex-prefeito Toninho Heitor, temos que ela ficou no Executivo municipal por 16 anos (metade como secretária, metade como prefeita). Acho que sua contribuição para a cidade já foi dada. E é hora da página ser virada. Ou então cometeremos os mesmos erros de perpetuar figuras na política local assim como acontece com o clã dos Sarney no Maranhão, ou o clã dos Jereissati ou de ACM na Bahia.

Fica aí a reflexão para todos. Pensemos e avaliemos tudo o que acontece.

rf2015d

marykay

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rdportari

Jornalista, professor universitário, Dr. em Comunicação

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