A história da Rádio em Frutal – Parte III (Os primeiros locutores)

Solenidade de inauguração da rádio AM, em abril de 1963
Solenidade de inauguração da rádio AM, em abril de 1963

Confira a terceira parte da história da implantação da rádio em Frutal, compilação de pesquisa da jornalista Zilma de Oliveira orientada por mim, Rodrigo Portari. Boa leitura!

Os profissionais

A trajetória da Sociedade Rádio Frutal AM pôde ser construída graças à colaboração de inúmeros profissionais no mais variados setores que construíram 32 anos de história da emissora. Cada um com o seu jeito de atuar, alguns irreverentes como o repórter Osmar Silva e J. Vasco, outros mais contidos, a exemplo de Pedro Borges, Geraldo Gonçalves, entre outros, mas todo revelando o seu potencial e o amor pela radiodifusão.  Para este estudo, foi focada a atenção para os comunicadores que por mais tempo permaneceram junto ao comunicador José Buzolo.

3.1 –  Geraldo Gonçalves

Um dos profundos conhecedores da história de criação da Sociedade Rádio Frutal que é o frutalense Geraldo José Gonçalves, hoje com 62 anos. Do inicio da década de 1960 até meados de 1990 ele atuou na emissora, fazendo de tudo um pouco. Geraldo lembra com entusiasmo o enorme desejo por parte de Buzolo em se conseguir a concessão da rádio Frutal. Como o empreendedor não tinha recursos suficientes para concretizar seu sonho, contou com uma importante ajuda financeira no valor de 800 mil cruzeiros emprestados pela casa bancária Raul de Paula e Silva. Nome que não foi revelado durante a entrevista que concedeu para a monografia, mas que foi descoberto durante o trabalho de pesquisa. A quantia considerava muito expressiva para aquele período, foi para a concessão de funcionamento da emissora junto ao Ministério das Comunicações, em Brasília.

De acordo com Geraldo, antes mesmo da chegada da rádio Frutal, os moradores vivenciaram uma experiência inédita ouvindo a transmissão de um jogo graças ao equipamento instalado no estádio Woiames Pinto (onde hoje é a Prefeitura de Frutal), pelo técnico frutalense Geová Ferreira. O narrador esportivo naquele dia foi o professor e advogado Vinicius Miziara. A novidade criou em Buzolo, o desejo de instalar uma emissora de rádio e não demorou muito para que isso acontecesse. “O JB, como a gente o chamava, era um homem de visão, a história dele foi bonita, marcante como homem ligado ao jornalismo, ele era uma pessoa rígida, severo, mas também justo”. Ainda falando sobre esporte outra lembrança marcante para Geraldo foi quando da inauguração da fonte na praça da Matriz, considerada coqueluche da época. Era um noite de quarta-feira quando ocorreu uma partida entre Frutal e Ituiutaba, viajando para aquela cidade os locutores Pedro Borges, Geraldo Alves e José Buzolo. Na central técnica, permaneceu o locutor Osmar Silva. A narração feita por J. Vasco foi brilhante e foi possível depois que foi instalado um rádio onde hoje é a fonte luminosa.

Geraldo começou a trabalhar na Sociedade Radio Frutal ainda quando adolescente, no período crítico da Ditadura Militar, e não se esquece de uma das passagens, que segundo ele, marcou o noticiário da época: a prisão de um promotor de justiça, ocorrida em frente ao Ginásio Brasil, onde antigamente funcionava o Grupo Gomes da Silva. Nem mesmo Geraldo escapou da perseguição ao ser afastado da emissora durante seis meses por ter feito durante um programa de auditório perguntas relacionadas a União Soviética e aos países considerados “cortinas de ferro”. Ainda em relação à ditadura, Geraldo reconhece o grande profissionalismo com que a equipe da emissora conseguiu lidar com a revolução do dia 31 de março de 1964.

Mas o grande papel exercido por Geraldo Gonçalves nos mais de 30 anos que atuou na rádio Frutal foi o de rádio escuta e vendedor de publicidade, sendo a primeira função pouco conhecida até hoje. Nesse trabalho, cabia ao funcionário a tarefa de ouvir em uma chácara onde morava próxima a Frutal em que o sinal era de qualidade, o conteúdo da noticias das principais emissoras de rádio do país como radio Bandeirantes e Tupi, em São Paulo, e Guarani, de Belo Horizonte. Como na rádio AM tinha um programa diário de uma hora de noticiário chamado Repórter Cancella (em homenagem à empresa concessionária patrocinadora), Geraldo colhia as principais notícias de tais emissoras, transcrevia-as em um papel de enrolar pão (na cor avermelhado), corria até a rádio local e passava as anotações para os locutores, que por sua vez, as datilografavam e finalmente, as retransmitiam. Como um dos principais apresentadores destaca-se o nome de Geraldo Ribeiro dos Santos, o popular Kubitscheck, que segundo Geraldo, imitava o estilo do Repórter Esso, Heron Domingos. Outros locutores também fizeram a apresentação do programa tais como Valdir Pacheco e Joaquim Fortunato de Oliveira (o Quinzin), irmão do radialista Divino José de Oliveira.

A Sociedade Rádio Frutal viveu o seu auge quando lançou o programa cultural “Desafio ao sabido”, em que havia a participação dos ouvintes numa espécie de gincana. O programa de auditório que era apresentado por José Rui do Valle e por Pierre Santezi, durou do início de 60 até 1973, distribuía prêmios doados por empresas patrocinadoras para os ouvintes que ligavam na emissora e acertavam as perguntas. Ele era exibido aos sábados das 20h às 22h e aos domingos, na parte da manhã.

Mas sem dúvida, lembra Geraldo Gonçalves, que os momentos inesquecíveis da radio AM se devem também aos programas de auditório que marcaram por mais de 10 anos o período de ouro da emissora, por onde passaram inúmeros artistas, alguns até de renomes, como a cantora Vanusa, a dupla Pedro Bento e Zé da Estrada e vários outros. O sucesso estava ligado ao estilo musical da emissora que investiu na música sertaneja raiz. Tanto é que existia um programa que ia ao ar de segunda a sexta, chamado Toca ou Troca, em que os ouvintes por meio do telefone, escolhiam qual estilo gostariam de ouvir. No estúdio, Zé Rui defendia o estilo sertanejo raiz e ao lado dele, José Buzolo, o estilo moderno. Também apresentaram o programa o atual advogado Paulo Ramadier Coelho e Cartilo Braz.

A rádio novela que era um verdadeiro sucesso entre os anos de 60 e 70 em emissoras como radio Nacional e Tupi, chegou a Frutal por iniciativa de Buzolo e se tornou mais uma atração que chamou muito a atenção dos ouvintes. Era exibida do meio dia ao meio dia e meio e como naquela época não havia televisão na cidade, o programa tinha uma audiência espetacular. Uma das radionovelas mais ouvidas foi “O morro dos ventos uivantes”, que também marcou o fim desse tipo de atração na rádio Frutal.

Outra importante participação da emissora foi na transmissão de peças teatrais que eram apresentadas por locutores como de Robevaldo Oliveira, irmão de Ali de Oliveira, Pedro Macedo da Silveira (Pedro Marreta), Matusalém, Valdir Pacheco.

Geraldo Gonçalves se orgulha ao dizer que teve o privilégio de dividir os microfones da emissora AM com profissionais como Pedro Borges, JB, Joaquim Fortunato, Valdir Pachedo, Benedito Alves, Sinomar Juliano, os doutores Vinicius Miziara, Eulâmpio Rodrigues, Paulo Ramadier Coelho, Osmar Silva, Paulo Martins Goulart (fundador do jornal Esquema), o escrivão forense Mauro Menezes, com as vozes marcantes femininas de Sueli Silva (falecida) e Cristina Buzolo. Quando o assunto era programação sertaneja, no inicio de 60, o destaque conforme revela Geraldo, ficava por conta do locutor Osmar Silva (de quem iremos falar um pouco a frente), que criou jargões bastante populares e que são lembrados com carinho pelo colega, do tipo: “Se você não quiser virar notícia, não se envolva com a polícia;  “a imprensa é a janela por onde os povos respiram o ar da liberdade; “passam os poderes, passam os governos, fica a imprensa”;

Além da participação como rádio escuta, Geraldo Gonçalves foi um grande profissional na área de vendas de publicidade numa época em que esse setor ainda era pouco divulgado, sendo o responsável por fechar importantes contratos financeiros com parceiros como Bradesco, Citibank, Brejeiro, Verônica alimentícios, Finant, Planagro, entre outros. Dividiu a tarefa com outro funcionário considerado oficial nessa área, Grisolino Fernandes.

Na nova gestão da radio Frutal AM, sob o comando do empresário de Barretos, interior de São Paulo, Odair de Moura e Silva, Geraldo Gonçalves participou de diversas transmissões esportivas nas décadas de 80 e 90. Em uma delas, no estádio do Marretão, sofreu um grave acidente quando teve o antebraço afetado por uma vidraça da cabine de imprensa. Devido às dificuldades na coordenação motora em uma das mãos, acabou deixado o rádio em 1998. No entanto, passou antes por emissoras como Rádio Clube de Fronteira, Difusora de Planura, Boas Novas e 101 FM, em Frutal.

3.2 – Pedro Borges

Um dos primeiros profissionais a atuar ao lado de Buzolo foi o contador e leiloeiro Pedro Alves Borges, que hoje exerce o cargo de Secretário Municipal de Planejamento e Fazenda na atual administração municipal. Presente a inauguração da rádio em 1963, ele afirma que estava começando a aprender a fazer locução e, com o passar do tempo, o que surgiu de uma relação entre patrão e empregado, se tornou uma amizade verdadeira e duradoura entre ele e José Buzolo, que se tornou até padrinho de casamento do funcionário que teve na figura do fundador um grande companheiro.

A relação de trabalho durou cerca de 15 anos e na simplicidade das atividades radiofônicas da década de 60, Pedro Borges revela que foi de tudo um pouco, situação comum até hoje para quem atua em rádio do interior: foi técnico de som, programador, fez locução comercial, noticiários, programas e narrações esportivos.

O dia da inauguração Pedro se lembra como se fosse hoje. Ele conta que a emissora ficou no ar das 6h às 22h. A solenidade, em que compareceram autoridades ilustres, convidados, políticos, pessoas influentes, foi marcada por uma série de discursos. De acordo com Pedro Borges, antes da inauguração, a emissora funcionou por um tempo em caráter experimental por mais de um mês, com as transmissões de assuntos variados. Para testar a qualidade e a intensidade do sinal, o rádio era colocado em pontos estratégicos. A avaliação era feita por meio da busca de informações junto aos ouvintes.

Pedro Borges começou a fazer programas em que prevaleciam a parte musical e os anúncios. Em seguida, passou a atuar numa programação específica, quando foi o apresentador do programa diário e matinal “Escreva e peça”, em que o ouvinte, por meio de cartas, fazia a seleção musical que desejava. Por meio de uma programação diversificada, muito voltada para a comunidade, as pessoas faziam o rádio, seja por carta ou telefone, o que segundo ele, era a marca registrada de Buzolo.

A precariedade do sistema telefônico da época fez com que o rádio se tornasse um elemento essencial de comunicação e como define Pedro, era o canal disponível para as pessoas se comunicar a longas distâncias, principalmente nas fazendas. Ele comemora a chance que teve de aprender em termos de trabalho e relação, afirmando que foi por meio do rádio que pode conhecer as mais variadas pessoas, o que fez com que pudesse se desenvolver no lado pessoal e profissional, encarando como muito gratificante o tempo em que passou pela Sociedade Rádio Frutal.

A programação radiofônica frutalense na década de 60 era a mais variada possível, sendo composta por vários estilos musicais, publicidade, crônicas, muitas utilidades públicas, noticiários diários, e, principalmente, esporte. Uma das grandes participações de Pedro foi nas narrações esportivas, tarefa que aprendeu sozinho e que foi incentivada por meio de um convite feito por Buzolo, no período em que ele atuava mais na divulgação da parte publicitária da emissora.

Ao fazer um comparativo, Pedro não acha que houve tanta mudança na programação se comparada aos dias de hoje, a grande diferença, é claro, estava no desafio em se fazer rádio há 40 anos, com pouca tecnologia. Para se ter uma idéia, preparar o noticiário que ia ao ar era uma dura tarefa em que os locutores tinham que antes ouvir as grandes emissoras a exemplo da rádio Nacional, radio Globo, radio Record, entre outras, e em seguida, anotar o que ouviu e reescrever a notícia que chegaria ao ouvinte.  Outra forma de captar a notícia era por meio da assinatura de jornais, detalhe, do dia anterior e sendo assim, a informação tinha que ser atualizada.

Ao definir o perfil do patrão, o comunicador afirma que Buzolo foi um idealista que não quis abrir mão do seu sonho, que correu atrás para torná-lo realidade. “Curioso é que as pessoas possuem outra visão do Buzolo, como um homem muito sério, de expressão sisuda, mas não sabem que ele tinha um coração muito bom e gostava desta questão de sonhar, de evoluir, de fazer com que Frutal pudesse crescer”, elogia Pedro ao destacar ainda que o fundador da Sociedade Rádio Frutal foi o responsável por abrir o caminho para que as coisas acontecessem. “Vieram outros empresários, outras emissoras, a comunicação frutalense cresceu de forma espantosa e Buzolo foi o empreendedor e o executor da tarefa de abrir estrada para que todos passassem”.

3.3 – J. Vasco

Os locutores da rádio Sociedade AM: J. Vasco, Paulo Aguiar, Geraldo Gonçalves e Sinomar Juliano
Os locutores da rádio Sociedade AM: J. Vasco, Paulo Aguiar, Geraldo Gonçalves e Sinomar Juliano

Outro importante nome a ser citado nesse trabalho é do locutor e narrador esportivo José Vasco Mota, 76 anos, que adotou desde o início da carreira, há 45 anos, o pseudônimo J. Vasco. O amor pelo rádio surgiu na década de 60 quando ele foi convidado para trabalhar na rádio Record em São Paulo. De lá para cá nunca mais parou. Passou por dezenas de emissoras AM até chegar a Frutal, depois que o empresário Buzolo foi pessoalmente a Ituiutaba, onde J. Vasco trabalhava, para convidá-lo a fazer parte da equipe. O primeiro dia de trabalho na nova emissora o mais recente contratado não esquece: 1º de Setembro de 1976.
No entanto, J. Vasco confessa que a primeira impressão que teve ao chegar em terras frutalenses não foi das melhores. Depois de alguns meses trabalhando na rádio AM, veio o desejo incontrolável de ir embora, afinal, segundo ele, não haviam aqui parentes seus e a cidade era muito pequena. Mas J. Vasco acabou convencido a ficar não só por Buzolo como também por diversos amigos que conquistou por meio de sua atuação.
J. Vasco ficou bastante conhecido ao comandar o programa diário, das 14h às 16h, chamado “Às suas ordens”, que tinha manteve líder de audiência por muito tempo, principalmente nas fazendas. Foi inclusive o autor de chavões populares que até hoje são lembrados com carinho por parte dos ouvintes quando o profissional sai às ruas, a exemplo de: “Relógio que atrasa não adianta”; “ A hora passa, o tempo não pára”, entre outros.
Nos 14 anos que foi funcionário de Buzolo, J. Vasco afirma que fez de tudo um pouco: foi locutor, auxiliar e apresentador do programa de radiojornalismo de maior sucesso da emissora que foi o Balanço Geral (mais a frente abordaremos esse tema). A pedido de Buzolo, se aventurou em uma área nova que mais tarde se tornou também uma referência em sua carreira: a narração esportiva. Pode com isso, participar de jornadas esportivas internacionais, como a transmissão dos jogos entre o Brasil e Bulgária, no Parque Sabiá, em Uberlândia, e de Brasil e Techoslováquia, no estádio Serra Dourada, em Goiânia. “Dentre as várias passagens engraçadas e curiosas que vivenciei não me esqueço quando tive de narrar os nomes dos atletas da Bulgária. Sei que a maioria terminava em Vick. Tinha um lateral com tanto Y e W no nome que nunca vi. Mas como lateral pega pouco na bola, pensei: não vai dar muito trabalho, me enganei porque foi o jogador que mais tocou na bola, durante 10 minutos apanhei um pouco, mas depois fui me adaptando”, sorri.
J. Vasco afirma se sentir honrado de ter tido a chance de trabalhar ao lado de outros grandes nomes da comunicação radiofônica AM local com quem pode dividir momentos de alegria e de muito profissionalismo, dentre os quais se destacam: Roberto Silva, Marco Túlio (filho de Buzolo), ambos falecidos, os narradores esportivos Luiz Antônio Ferreira (O Agulhinha) e Geraldo Gonçalves, Sinomar Juliano, Paulo Aguiar, João Quirino, Overlan de Paula, Dimas Aguiar, Adriano Queiroz. Na área de jornalismo J. Vasco conviveu com profissionais como José Cláudio de Oliveira , atualmente na Record em São Paulo, com o repórter policial já falecido Osmar Silva, as repórteres Celly de Paula e Zilma de Oliveira, e vários outros, que passaram pela rádio Frutal AM.

3.4 – Osmar Silva

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O radiojornalismo nunca mais foi o mesmo depois da atuação irreverente e criativa do advogado e repórter, natural de Aparecida de Minas, Osmar Silva, que faleceu em abril de 2004, vítima de câncer e enfisema pulmonar. O rádio passou a fazer parte da vida do radialista ainda na adolescência. Antes de vir para Frutal, Osmar atuou nas emissoras de Uberaba e Ituiutaba. Foram 50 anos no papel de comunicador, dos quais a maioria em Frutal, cidade em que se tornou conhecido pela sua atuação nas reportagens policiais, função que exerceu ao lado da carreira de advogado criminalista, na qual também foi destaque pelas suas defesas e acusações entusiásticas.

Um dos programas em que Osmar Silva mais se destacou foi o de radiojornalismo intitulado Balanço Geral. Apresentado diariamente, das 11h ao meio dia, o programa levava ao ar as principais reportagens produzidas em Frutal, além daquelas extraídas de jornais escritos locais como Esquema, e nacionais, a exemplo de O Globo, Folha de São Paulo, Jornal da Tarde.

Na equipe de Osmar Silva, atuaram alguns profissionais que até hoje permanecem fazendo radiojornalismo, como os repórteres Cláudio de Oliveira, que atualmente está na Rádio Record, de São Paulo, João Cerino e Zilma de Oliveira, ambos editores do Jornal da 97, da rádio 97 FM.

Pelo seu jeito carismático e dedicado, Osmar era considerado o braço direito de José Buzolo, que ao notar a potencialidade do comunicador, o convidou para fazer parte do referido programa. A linha de reportagem policial se tornou referência na carreira de Osmar, considerado um profundo conhecedor das histórias do Mundo,  do Brasil e do folclore frutalense.

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rdportari

Jornalista, professor universitário, Dr. em Comunicação

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