Raio-X do Frei Gabriel: será que não precisamos mesmo de mais um aparelho?

freigabrielFoi destaque na manhã de hoje no programa Raio-X, da 102FM, um problema envolvendo aparelho de raio-x do hospital Frei Gabriel. Uma mãe reclamou que na madrugada de sexta para sábado seu filho não foi atendido e medicado no hospital porque o equipamento estaria com defeito. Na sequência, o presidente da Fundação Frei Gabriel, advogado Marcelo Côrtes, afirmou que o problema foi pontual e que às 11h. da manhã de sábado o aparelho já estaria em pleno funcionamento.

E mais uma vez, sempre que se fala de defeitos que atrapalham o atendimento do usuário que precisa de radiografia, são apresentados números tais como 100 exames diários, 3000 exames mensais, 36 mil chapas tiradas ao longo do ano. Ok. A gente sabe que é muito pesado o serviço ali, mas acho que é preciso pensar em alternativas para quando defeitos acontecerem, nem que seja a compra de um aparelho menos potente, mais barato mas que, numa emergência, possa atender a população.

Curiosamente percebi uma contradição na fala de Marcelo. Primeiro ele disse que apesar da demanda, o equipamento dá conta do recado e não é preciso fazer a aquisição. Minutos depois, afirmou que a sobrecarga de serviço pode gerar mais manutenções e indisponibilidade de exames por defeitos técnicos. . Ou seja, repito o que disse no parágrafo anterior: um hospital que têm tomado a proporção de importância do Frei Gabriel, não pode ficar sem esse equipamento. Ou, pelo menos, um sobressalente que dê conta do recado na falta do aparelho principal.

Fico imaginando como seria o Hospital de Base de S.J.Rio Preto sem um raio-X. Ou o hospital escola em Uberaba. No mínimo, seria caótico. E em Frutal, toda vez que algum defeito acontece, podemos ter uma ideia do quanto ele é importante. Faço esse texto com o simples objetivo de sugerir à prefeitura de Frutal e das cidades da região, tais como Fronteira, Planura, Comendador Gomes e Itapagipe, que se unam para a compra de outro equipamento (e consequente construção de sala, caso necessário). É o mínimo que pode ser feito pelo cidadão que precisa desse tipo de exame numa emergência. É o mínimo que nós, cidadãos, que pagamos impostos (caros) e dependemos da saúde pública, merecemos.

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rdportari

Jornalista, professor universitário, Dr. em Comunicação

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