Opinião: aumentos e mais aumentos

Rodrigo UnisebO Brasil está em crise, Minas Gerais está em crise e quem vai pagar o pato pelos desgovernos econômicos que temos vivido é o povo. Só para ilustrar como isso está se aplicando na prática, só nesta semana duas notícias de aumento de preços (coisa que já pagamos valores altíssimos na atualidade): primeiro na gasolina desde o dia 30 de setembro, que ficou 6% mais cara na refinaria (enquanto o óleo diesel encareceu 4%). Depois, na Assembleia Legislativa, uma lei aumenta o valor do ICMS no estado em diversos produtos, desde cosméticos, perfumes a refrigerantes e energia elétrica. Lá em BH, os deputados aprovaram o aumento de impostos em primeiro turno e a matéria deverá ser votada em segundo turno em breve (uma ressalva: o deputado Arnaldo Silva, de Frutal, votou contra o projeto).
De todos esses anúncios, a conclusão que tiramos é de que o pato, quem vai pagar, de fato, somos nós. O simples fato de eu estar escrevendo esse texto no computador já significa que, aprovado em segundo turno, estou pagando mais imposto na energia elétrica. Se eu pego meu carro para trabalhar, estou pagando mais caro pelo combustível. Se tomo um refrigerante ou mesma uma cerveja no final de semana, estou contribuindo para o governo de Minas abocanhar mais ainda do meu dinheiro.
Especialistas econômicos são categóricos ao afirmar que a solução para o Brasil sair desse atoleiro ainda está longe. Não resta dúvidas de que estamos reféns de políticas de austeridade e nos próximos anos vamos sentir na pele o preço pelos esforços em manter o aparente crescimento do “gigante” Brasil. Nosso dinheiro vai valer cada vez menos, o salário vai ficar cada vez mais defasado e, em contrapartida, vamos ter que suar muito para tentar colocar o país de volta nos trilhos.
Não sei se vamos chegar à condição de recessão absoluta, de crise financeira extremamente grave como vimos na Grécia e em outros países do continente europeu. No entanto, há de se convir que as coisas já não estão tão fáceis como eram há 2 anos. Imaginem o que vem pela frente?
Da minha parte, só me resta trabalhar, suar e rezar. Trabalhar para manter a comida em cima da mesa, suar para conseguir pagar os impostos e rezar para que os políticos (e os eleitores) tenham juízo em suas escolhas no futuro. Ou isso, ou então, logo, estaremos todos em busca de nossa Pasárgada, onde seremos amigos dos reis!
Um abraço e até a próxima!

rf2015d

BomTetook

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rdportari

Jornalista, professor universitário, Dr. em Comunicação

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