A (in)segurança em Frutal nos faz prisioneiros de nossos muros e cercas elétricas
Essa onda de assaltos que têm ocorrido em Frutal deixa muita gente assustada. Em especial, crianças que acabam tendo acesso a essas notícias nos programas de rádio ou mesmo em jornais impressos, quando não, na Internet. Esse tipo de onda de violência não é novidade na nossa cidade. O que é novidade é a agressividade dos bandidos. Mesmo com as vítimas colaborando, sem reação, sem apresentar resistência de ter seus bens levados por um malandro qualquer, ainda são ameaçadas e muitas vezes, sofrem agressões.
Infelizmente esse tipo de situação tem se tornado corriqueira e, por mais que os órgãos de segurança se esforcem em identificar e tentar prender os autores desses crimes, ainda parece ser insuficiente para conseguirmos acalmar a população. Digo isso por ter ouvido durante a semana relato de pessoas que estão com medo de ficar sozinha em casa ou abrir o portão depois das seis, sete horas da noite. O temor é ser abordado por alguém com uma faca ou revólver e passar por todo o drama que ouvimos dia sim, dia não nas rádios.
Frutal sempre foi uma cidade onde a criminalidade esteve presente, em especial no que diz respeito ao tráfico de entorpecentes e crimes relacionados com a droga. Verificamos isso facilmente olhando para o histórico de jornais da cidade, onde os mais variados crimes relacionados diretamente com as drogas sempre apareceram. Furtos, roubos, homicídios e tentativas de homicídio atrelados ao uso ou venda dos entorpecentes sempre foram registrados.
O que tem incomodado, no entanto, é esse tipo de ação nas residências. Até quando os crimes estavam acontecendo no comércio, até que parecia ser uma situação que se poderia contornar. Mas, e agora? Somos reféns dos nossos muros e grades? Vamos começar a ter medo de sair à noite? De atender a porta ou ir ao vizinho para bater um papo?
Estou incomodado com essa situação. Aliás, acredito que grande parcela da comunidade está incomodada e aguardando, ansiosamente, uma ação efetiva das forças de segurança no sentido de colocar esses bandidos atrás das grades. E ainda teremos que torcer para o judiciário não colocá-los nas ruas um ou dois dias depois. Senão, de nada adianta tanto esforço.
Por enquanto, a única “dica” que dou para meus amigos e pessoas que desabafam comigo é que tenhamos cautela ao sair de casa, ao chegar, que fiquemos atentos às movimentações estranhas em volta de nossos lares. Já que não temos armas de fogo para nos defender, que fiquemos na defensiva dentro dos “bunkers” particulares que construímos com nossos muros, alarmes e cercas elétricas. E que as Polícia Civil e Militar consigam pelo menos fazer com que nossa sensação de segurança volte a prevalecer. E isso só vai acontecer com os bandidos atrás das grades.
Bom sábado a todos…
