Inauguração de UTI é travada, há 2 meses, por caixa de exaustão

Por Renato Manfrim / O Estado de Minas: Os mais de 60 mil habitantes de Frutal, no Triângulo Mineiro, aguardam, há dois meses, uma caixa de exaustão para ver a Unidade de Terapia Intensiva (UTI) da cidade ser inaugurada com dez leitos. A estrutura vai funcionar em um prédio anexo ao Hospital Municipal Frei Gabriel e, inicialmente, será voltada para pacientes com COVID-19.

“A parte da prefeitura e construtora até semana que vem conclui. Agora, referente à caixa de exaustão, estamos dependendo da fábrica. Já fizemos a compra. Agora é esperar entregar”, afirmou há dois meses, no dia 25 de junho, o prefeito de Frutal, Bruno Augusto (PP). 

A afirmação completa nesta terça-feira (24/8) exatos 60 dias, mas o cenário não mudou. “Estamos aguardando a entrega e instalação (da caixa de exaustão). Falta somente isso”, repetiu o gestor municipal no domingo (22/8).
A prefeitura afirma, também, que ainda não consegue determinar uma data para que o equipamento seja entregue e a estrutura, enfim, seja inaugurada. 

No dia 27 de maio, a prefeitura de Frutal homologou com empresa vencedora de licitação a obra de readequação da UTI de Frutal e, no início de junho, a empresa iniciou os trabalhos.

Em relação aos recursos para garantir a finalização das obras e iniciar o funcionamento da UTI, Bruno Augusto garantiu que a prefeitura tem verba em caixa. “O problema não é dinheiro. As obras que faltam custaram em torno de R$ 500 mil e, depois, a UTI vai custar R$ 800 mil por mês. Já recebemos R$ 500 mil da Câmara Municipal e outros R$ 500 mil de dívida do estado com o município”, afirmou o mandatário municipal. “Além disso, alguns prefeitos da microrregião de Frutal com quem conversei demonstraram interesse de participar do nosso consórcio regional para manter a UTI”, complementou. Segundo Bruno Augusto, o consórcio criaria condições para um atendimento médico de qualidade seja oferecido, “diminuindo assim a necessidade de que pacientes da nossa região sejam transferidos para Uberaba, por exemplo”. Atualmente, pacientes graves de Frutal são transferidos para hospitais de cidades com mais estrutura na região, como, além de Uberaba, São José do Rio Preto e Barretos, ambas no interior paulista.  

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rdportari

Jornalista, professor universitário, Dr. em Comunicação

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