Prefeitura atribui a erro de preenchimento de formulário informações de problemas na vacinação em Frutal

Em coletiva na manhã de ontem a Prefeitura de Frutal negou que as informações divulgadas pelo jornal O Tempo, de Belo Horizonte, de que Frutal havia aplicado duas doses vencidas de vacinas contra Covid e, ainda, que seis pessoas teriam recebido doses de vacinas diferentes (Coronavac e Astrazeneca), ocorreram no município. A Prefeitura atribuiu as informações a erros de preenchimento de formulário no sistema do Ministério da Saúde por parte de um funcionário, dizendo ainda que o sistema do Ministério não permite edições nem alterações após a seleção de lotes e marca de vacina, o que inviabilizou a correção.

Segundo a Secretaria Municipal de Saúde, desde que a notícia do jornal começou a circular, foi feito um extenso trabalho de identificação das duas pessoas que estavam no cadastro como se tivessem tomado doses vencidas, assim como as pessoas que teoricamente teriam tomado as doses diferentes. Após o contato com os frutalenses, foi conferido o cartão de vacinação e anotações dos pontos de vacinação, confirmando que não houve o erro e confirmando que o problema se tratava apenas de preenchimento do formulário eletrônico.

“Verificou-se que ao fazer o registro das doses no sistema informatizado do ministério o servidor responsável clicou no link errado do número do lote de identificação dessas duas vacinas e como esse sistema ainda está em construção, ela não permite que o erro seja corrigido”, explicou Lamonise Ribeiro, secretária de saúde.

A secretária de saúde ainda salientou que todos os lotes de vacinas que chegam até Frutal têm os prazos de validade conferidos por pelo menos três vezes. “O governo faz uma conferência dos lotes quando eles chegam em Belo Horizonte, a Superintendência Regional também faz isso quando as doses chegam à Uberaba e aqui nós também fazemos antes de repassarmos às unidades de vacinação. Na hora da aplicação, os vacinadores também apresentam para as pessoas que estão sendo imunizadas qual é o número da dosagem dentro do frasco, e esse número também fica registrado no Cartão de Vacinação dessa pessoa”.

Já a coordenadora da vigilância em saúde, Patrícia Xavier Silva Barbosa, informa que as doses sempre chegam acompanhadas de nota fiscal. “Vem o lote e a quantidade registrada na nota, nesse caso em questão que gerou toda essa polêmica nós recebemos o referido lote no dia 26 de fevereiro com validade até o dia 29 de março. E posso garantir que todas as doses foram aplicadas dentro do prazo de validade”.

Patrícia aproveita para esclarecer que também não procede a notícia publicada pelo Jornal da Manhã de Uberaba na qual o órgão de imprensa afirma que o município de Frutal teria aplicado em seis pessoas doses de fabricantes diferentes, ou seja, que as pessoas teriam recebido na primeira etapa o imunizante de uma marca e na segunda etapa uma vacina de outro fabricante. “Isso não ocorreu em hipótese nenhuma, o problema é que o sistema do Ministério da Saúde não permite correções quando ocorre a digitação uma informação equivocada”.

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rdportari

Jornalista, professor universitário, Dr. em Comunicação

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