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“Só dá quem quer”*

Emitir opinião não é nada fácil. Tá, tudo bem que todo mundo tem direito de ter a sua e só abre a boca para falar quem assim quer. Mas existem pessoas que simplesmente não conseguem se conter e falam aquilo que pensam, que analisam e refletem. Conseguiria enumerar aqui pelo menos uma dezena de pessoas que conheço e convivem comigo que têm esse mesmo “defeito” de fazer suas ponderações sem medo.

Para alguns, trata-se de um defeito. Conheço quem me “condene” diariamente por tecer minhas considerações sobre qualquer assunto. Por outro lado, há aqueles que acreditam ser uma qualidade, principalmente pelo fato de poder expor o ponto de vista e vir abertamente para o debate.
Dar uma opinião, seja ela numa conversa ou num texto como esse que escrevo nesse momento, implica em uma série de fatores e considerações que não podem ser esquecidos: primeiro você precisa ter o mínimo de conhecimento sobre o assunto. Depois é seguro que tenha argumentos consistentes para defender seu ponto de vista. Em terceiro lugar, é preciso lembrar que nenhuma opinião é unânime e deve prevalecer, portanto, deve-se sempre estar com a mente aberta para ouvir a “réplica”, debater, divergir e, não muito raro, mudar ou adaptar a sua própria opinião. Em quarto lugar eu enumeraria a necessidade do respeito: seja para criticar ou elogiar, nunca falte com o respeito com as pessoas envolvidas no assunto: respeite para ser respeitado. Em quinto lugar acrescentaria que é necessário ser ético: se você vai falar de alguém, nomine-o ou, no bom e velho linguajar das ruas, “dê nome aos bois”. É muito infantil e imaturo agir com “indiretas” ou “insinuações”.
Quem me conhece ou acompanha meu trabalho no dia a dia sabe que emito muitas opiniões ao longo das 18 ou 20 horas que permaneço acordado. Muitas delas acabam ficando na conversa particular. As que julgo ser de interesse “contar para todos”, coloco aqui no jornal ou publico no meu site (www.rodrigoportari.com.br) e me coloco sempre pronto para o debate. No dia em que eu parar de opinar, especialmente de alguns assuntos que domino não só pela experiência profissional ou de morar há 30 anos nessa cidade, mas também pela qualificação acadêmica que alcancei ao custo de muito suor e noites sem dormir, podem ter certeza de que ou estou doente ou o assunto não mereceu a minha atenção.
E para quem lê o jornal e às vezes diverge daquilo que aqui escrevo, deixo as portas abertas para o bom e velho debate. Como esse é um espaço devidamente assinado por mim, as opiniões que aqui se publicam são única e exclusivamente minhas e não refletem o posicionamento da empresa que está por trás da publicação, como está bem explicitado ali embaixo, no canto inferior direito da página no “Expediente” do jornal.
Podem ligar, enviar e-mail para o redacaopontal@hotmail.com ou mesmo para minha conta particular, o rdportari@gmail.com. Podem ter total certeza que estou aberto ao diálogo. E é na diversidade da opinião que se cresce e se amadurece. Ninguém é dono de verdades. Seja quem critica/elogia ou quem é criticado/elogiado.

*Artigo publicado no Jornal Pontal, edição 363, assinado por Rodrigo Portari

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rdportari

Jornalista, professor universitário, Dr. em Comunicação

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