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A Segurança Pública de cada dia*

Assunto recorrente e que tem sido uma preocupação constante para mim e outros tantos, a nossa prometida e desejada Segurança Pública, aquela mesma pela qual nós somos esfolados vivos para sustenta-la com nossos impostos, tem deixado bastante a desejar. E já faz tempo que assim tem sido.

O Senador Pedro Taques, relator da Comissão Especial de Segurança Pública do Senado afirma que “O sistema de segurança pública no Brasil está absolutamente falido: Uma polícia que morre muito e que mata muito; número pequeno de solução dos crimes; falta de confiança da população; aumento do número de homicídios e aumento ainda maior dos crimes de estupro; tempo médio de 03 a 04 anos para os julgamentos de homicídio; presídios superlotados de presos esperando julgamento (?!?!) e elevada taxa de reincidência criminal”.
Não é uma visão muito bonita.
E, em atenção à população, ao próprio cidadão, é preciso que este panorama mude !
Tudo isto não é uma questão só jurídica ou política. É uma questão que atinge a própria comunidade, pois somos nós que estamos a sofrer os efeitos. Somos nós que estamos subindo o muro de nossas casas e pondo câmeras em nossos comércios. Somos nós que estamos perdendo vidas, patrimônio e paz. Somos nós.
É necessário uma concreta e efetiva atuação daqueles que tem atribuição nessa área. É preciso menos discurso, menos promessas e mais ação.
Soluções existem. Dinheiro de impostos existem, pois afinal somos a 6ª economia mundial. Melhorem a qualidade de vida das pessoas, valorizem os professores para que estes possam melhor educar, ofereçam possibilidades de estudo e chances reais de trabalho, profissionalizem as polícias, com melhor treinamento e acompanhamento daquele que esta nas ruas, implantem um sistema integrado de informações policiais e, enquanto não se crie algo melhor do que a prisão, que se a use com moderação, onde o preso não seja transformado em bicho e, depois, solto.
Enfim, que do alto de seus altos salários, os políticos e agentes do Estado que vivos estão venham a descruzar os seus braços, de maneira que nós, como comunidade, não tenhamos que continuar a enterrar os nossos mortos com os braços cruzados sobre o peito.

*Renato de Oliveira Furtado – Advogado

 

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rdportari

Jornalista, professor universitário, Dr. em Comunicação

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