“Então é Natal. O que você fez?”

“Então (é quase) Natal. O que você fez?” Nunca a primeira frase de uma música incomodou tanto como nesse ano. E olha que é uma composição já antiga, com centenas de interpretação e cansaço de quem já ouviu ela milhões e milhões de vezes.


Em 2020, certamente, a pergunta ganha novo impacto, nova dimensão. Pelo momento atípico que vivemos, por todas trapalhadas e desacertos acompanhados que temos visto num plano “macro”, a gente pára e se pergunta: e aí, o que eu fiz este ano?

Será que me me cuidei o suficiente? Fui tolerante o suficiente? Mantive a minha fé ou a perdi ao longo dos últimos meses? Viver uma pandemia afetou meu modo de ver, pensar ou enxergar o mundo? Amoleci? Endureci o coração? Ou continuo indiferente ao próximo como se nada mais importasse além de meu próprio umbigo?

São perguntas, reflexões que podem caber nesse momento de final de ano. Naturalmente agora surgem as oportunidade de fazer boas ações, dar uma cesta de Natal a quem precisa, se preocupar com a criança que não vai ter o brinquedo… Mas… e o que eu fiz nos meses anteriores? Estendi minha mão a quem precisava? Ou fui eu quem precisava?

Essa reta final do ano normalmente é marcada por reflexões. Porém, no entanto, contudo, a gente fica matutando aqui se essa pandemia maluca, que nos “arrebentou” ao meio em todas as esferas (econômica, psicológica, social, familiar, etc), não serviria para refletirmos melhor sobre a nossa vida? Não digo “melhorar” enquanto pessoa, porque isso deve ser algo que vem de dentro de cada um.

Mas, pelo menos, entender que todos nós, ricos, pobres, altos, baixos, gordos, magros, etc., no final da conta, estamos todos caminhando nesse planetinha Terra e que, estando ou não no mesmo barco, a certeza que temos é que o Oceano é traiçoeiro.

E então é Natal. O que você fez?

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rdportari

Jornalista, professor universitário, Dr. em Comunicação

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