Uma onda, duas ondas…

Temos visto ao longo das últimas semanas uma queda no número de casos da COVID-19 no Brasil. Um alento para a população que desde março tem convivido com a doença e, mais do que isso, já tem demonstrado claros sinais de cansaço físico, emocional e financeiro diante de toda essa situação. Mesmo assim, o período de pandemia, aparentemente, está longe de terminar. Enquanto não houver vacina ou a possibilidade de imunização eficiente na população, dificilmente nos veremos mais seguros.

No entanto, o que acontece é que já acostumamos tanto com a existência do vírus e com tudo que ele provoca que vivemos num aparente estado de normalidade. Apesar de ainda utilizarmos máscaras aqui e ali, de passar o álcool em gel nas mãos, tomar um cuidado ou outro, o que vejo no dia a dia da cidade é que o “costume” já virou rotina e todos têm, à medida do possível, levar a vida normal.

Porém, enquanto escrevemos aqui, a Europa entra em novo lockdown. Muito mais severo que o Brasil. É a esperada segunda onda de infecção e que, provavelmente, teremos muito mais casos confirmados pela facilidade dos exames hoje que nos permitem mais rapidez na identificação de casos positivos. Então, não é de se assustar que números estratosféricos surjam lá na França, Itália ou Espanha. Porém, o que mais me assusta é o que esperaremos aqui.

Mal estamos saindo da primeira onda e em pouco tempo a segunda leva deve chegar. O que fazer? Como fazer? Conseguiremos ter fôlego para mais um período desse? Com certeza será mais um desgaste físico, emocional e financeiro. Porém, dessa vez, espero que o país esteja um pouco mais preparado para lidar com tudo isso. E que os prejuízos sejam os menores possíveis.

Enquanto isso, seguimos. Em frente. Esperando as surpresas das voltas do mundo.

Bom sábado a todos!

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rdportari

Jornalista, professor universitário, Dr. em Comunicação

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